Candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, o ainda ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), anunciou o cancelamento com a ONG Koinonia, fundada pelo seu pai, e beneficiada com o repasse de R$ 199,8 mil em convênio de prevenção e vigilância com o governo federal.
O caso foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo.
Nas argumentações para o cancelamento, o ministro admite que a iniciativa é uma forma de “não dar espaço para exploração política”.
Ou seja, demonstra preocupação clara com a sua campanha para o governo de São Paulo.
Mesmo tentando dá o caso por encerrado, o ministro Alexandre Padilha vai enfrentar reações do PSDB e PPS.
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), solicitará cópias dos convênios e contratos firmados entre o governo federal e a ONG do pai do mimistro, informa o jornal O Globo desta sexta-feira (31).
O PSDB anunciou nesta quinta (30) uma representação contra Padilha por “uso da máquina pública e propaganda eleitoral antecipada” no 5º pronunciamento do ministro em rede nacional de rádio e TV.
O líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), revelou em nota que Padilha, “com o pretexto de divulgar a vacinação de jovens contra o HPV, surgiu na TV na noite de quarta-feira (29) 40 dias antes do início da campanha de vacinação”.
“É lamentável que o PT continue utilizando a máquina pública e o dinheiro dos cidadãos para beneficiar seu projeto de poder e propagandear seus candidatos a cargos eletivos neste ano”, reprovou Nogueira.
PSDB, DEM e PPS solicitarão investigação sobre o caso da ONG do pai do ministro Padilha e o levarão para análise da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Segundo o jornal Valor Econômico desta sexta (31), a ONG Koinonia já assinou 9 convênios com o governo federal. Oito deles firmados com o PT na Presidência da República na gestão do ex-presidente Lula.