Deputados do PSDB continuam cobrando uma atitude firme do governo brasileiro em resposta às agressões contra senadores que estiveram na quinta-feira na Venezuela. Os tucanos também reprovam o alinhamento do Brasil com o regime autoritário de Nicolas Maduro.
No mesmo dia dos acontecimentos, parlamentares do partido estiveram no Itamaraty para cobrar explicações do chanceler brasileiro e o Plenário da Câmara aprovou moção de repúdio apresentada pelo 1º vice-líder do partido na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT), um dos tucanos que estiveram no Ministério das Relações Exteriores.
“O governo brasileiro precisa tomar uma atitude enérgica. Ao permitir a agressão, o desrespeito e o direito de ir e vir dos parlamentares brasileiros, a Venezuela não cumpre a cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia, documento assinado pelos integrantes do Mercosul que afirma o compromisso do bloco com a democracia. Por esta razão, a saída do país vizinho do Mercosul é plenamente justificável”, defendeu Bruno Covas (PSDB-SP).
Já o líder da Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), lembrou que os senadores brasileiros estavam em uma missão humanitária. “Quem é da oposição corre risco na Venezuela. Não existem presos políticos em uma democracia. Enquanto isso, o PT apoia e mostra afinidades ao governo de Nicolas Maduro”, reprovou.
Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), por sua vez, classificou o episódio de “vergonha”. ”Essa agressão aos representantes do Brasil revela o nível do autoritarismo naquele país. O governo da presidente Dilma, aliada e parceira do presidente Nicolás Maduro, deveria tomar uma firme posição contra essa arbitrariedade”, exigiu.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) acusou o governo do PT e da presidente Dilma de “conivência e cumplicidade” com a “ditadura” existente hoje na Venezuela. “Impressiona a cumplicidade do governo brasileiro com as agressões reiteradas contra direitos humanos e liberdade de expressão da ditadura venezuelana. Ataques como esse contra parlamentares brasileiros são fruto da conivência e cumplicidade do governo do PT com o ditador Maduro”, reiterou.
Para o tucano, “a presidente precisa ter a dignidade de repudiar e convocar o embaixador brasileiro no país para exigir respeito e reciprocidade da ditadura venezuelana. País que tem presos políticos, agride manifestantes, sufoca imprensa, arma milícias, não pode ser considerado democrático. Fora ditadura venezuelana”, defendeu Rogério
“Não é possível que a presidente Dilma não vá se manifestar quanto o ocorrido. Há tempos este governo deveria rever sua relação com Maduro”, defendeu Pedro Vilela (PSDB-AL). “O PT, em seu mergulho infinito no mar de lama, apoia o governo tirânico, opressor e, ainda por cima, incompetente de Maduro na Venezuela”, completou o parlamentar.
*Do portal do PSDB na Câmara