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"Desastre comercial”, editorial de O Estado de S. Paulo

05/ 03/ 2013 às 10:40

A presidente Dilma Rousseff tem mais um resultado excepcional para inscrever em suas realizações econômicas. O Brasil acumulou no primeiro bimestre um déficit comercial de US$ 5,3 bilhões, um recorde para o período, com exportações de US$ 31,5 bilhões e importações de US$ 36,8 bilhões. As vendas para o exterior foram 5,5% menores que as de janeiro e fevereiro do ano passado e as compras, 11,8% maiores, pelas médias dos dias úteis. Quando a façanha foi divulgada, no meio da tarde de sexta-feira, as atenções ainda estavam concentradas no pibinho, noticiado no começo da manhã. O crescimento de apenas 0,9% do PIB quase ofuscou o desastre comercial e o novo desafio. O País voltará a ser superavitário nos próximos meses, disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Prazeres. Essa previsão será confirmada, quase certamente, mas qualquer projeção dos números finais é muito arriscada, nesta altura.

Um superávit comercial de US$ 15 bilhões em 2012 ainda foi previsto na semana passada por economistas do mercado financeiro e de consultorias independentes, segundo a pesquisa Focus do Banco Central (BC). Para alcançar esse resultado, o Brasil precisará obter em dez meses, de março a dezembro, um saldo comercial de US$ 20,3 bilhões, maior, portanto, que o conseguido no ano passado, de US$ 19,4 bilhões. Em 2012, houve déficit de US$ 1,3 bilhão em janeiro e resultados positivos em todos os outros meses. Muito mais complicado será chegar ao fim do ano com o superávit projetado pelo BC, de US$ 17 bilhões. Mesmo este número é baseado em projeções pouco otimistas, com exportações de US$ 268 bilhões, 10,5% maiores que as de 2012 e apenas 4,7% superiores às de 2011. As exportações estimadas pelo BC de US$ 251 bilhões, superam as do ano passado por 12,5% e as de dois anos antes por 11%.

A secretária Tatiana Prazeres justificou sua expectativa de resultados melhores mencionando a boa safra prevista para o ano, a perspectiva de bons preços para a soja, o milho e o minério de ferro, o possível crescimento da economia americana e a diversificação de mercados.

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