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Desempenho da economia brasileira deve ser o segundo pior do mundo em 2016

economia-dinheiro-moeda_ebc-300x225Especialistas apostam que a economia do Brasil pode ser a segunda pior do mundo em 2016, com queda de até 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho pode superar apenas a Venezuela. As previsões também não são animadoras para 2017.

As projeções para inflação, dólar e juros decolam e os economistas já começam a falar em sinais de depressão econômica, já que a recessão será mais forte que o esperado. A previsão de queda do PIB em 2016 piorou pela 14ª semana seguida e encostou nos 3%. As informações são da matéria publicada hoje (12) no jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal e também economista Rogério Marinho (PSDB-RN) chama o atual quadro de “estaginflação”, pois, ao mesmo tempo em que a inflação é alta, ultrapassando os dois dígitos, nós temos um PIB negativo por dois anos consecutivos. Na opinião do deputado, a situação é fruto do “desencontro da política econômica brasileira nos últimos anos, que vem tomando decisões de forma equivocada”.

Marinho afirma que não é por acaso que o mercado reagiu de forma negativa à saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. “Apesar de ele não ter conseguido fazer o ajuste fiscal que havia prometido em 2015, certamente ele acreditava nesse ajuste, o que não é o caso do Nelson Barbosa”, disse.

Ele acrescenta que o governo não tem força e nem credibilidade para sair desse espiral negativo. “Nós só vamos sair desse círculo vicioso se tivermos um fim da crise política. Não é surpresa para ninguém que nós estejamos ao lado da Venezuela e não da Colômbia, do Chile, do Peru e de outras economias aqui na América Latina que são muito mais dinâmicas e que tem crescido a taxas invejáveis em relação ao nosso pais. O governo infelizmente vem se mirando, vem se reportando às políticas bolivarianas há muito tempo”, explica.

No que se refere à alta da taxa de juros, o deputado ressalta que o Banco Central tem utilizado o mecanismo de ajuste da economia com o aumento ou diminuição da taxa de juros de uma forma pouco eficaz. “O ajuste fiscal é o que realmente poderia equilibrar nossa economia com o governo adequando o Estado ao tamanho da sua capacidade de arrecadação e não indo sempre pelo caminho mais fácil de aumentar a arrecadação de tributos para tentar equilibrar o seu descompasso em relação aos gastos”, afirmou.

Para ele, um “ajuste fiscal decente” seria uma reforma tributária, uma reforma previdenciária e uma reforma trabalhista que “prevenisse a médio e longo prazo essa bomba que está no colo do nosso país e que em algum momento vai explodir”.

“Nós temos uma legislação anacrônica de mais de 70 anos. Uma vaca sagrada que engessa o desenvolvimento e tolhe a produtividade do país”, conclui.

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