O desemprego no Brasil bateu mais um recorde após alcançar a pior taxa da série histórica para o indicador, iniciada em 2012. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29), mostram que o desemprego subiu para 11,3% no trimestre encerrado em junho.
No trimestre anterior, a taxa bateu 11,2%, o que já era um recorde. No mesmo período do ano passado, a taxa foi de 8,3%. No período de três meses encerrado em março, o índice de desemprego foi de 10,9%. O secretário-geral do PSDB, deputado federal Silvio Torres (SP), lamenta a situação vivida pelos brasileiros e culpa a gestão petista pela crise econômica do país.
“Essa face do desemprego é a mais cruel da crise que nós estamos vivendo decorrente de um governo incompetente, que não soube lidar com as necessidades do país e deixou que tudo se agrava-se. A situação é a mais dramática. O desemprego não só vem aumentando, como a tendência é continuar aumentando”, disse o parlamentar.
A pesquisa mostra que a situação não está ruim só para quem está fora do mercado de trabalho. Os trabalhadores que estão empregados também têm sofrido o impacto da crise. O rendimento médio deles acabou caindo e atingiu R$ 1.972. Sobre o 1º trimestre, a renda diminuiu 1,5% e em relação ao 2º trimestre do ano passado, 4,2%. Para Silvio Torres, a queda no rendimento inibe o consumo, o que piora a economia do país.
“Isso causa uma retração forte no consumo. O que também pode prejudicar na recuperação da economia”, criticou Torres.
O país tinha 11 milhões e 600 mil pessoas procurando emprego sem encontrar de abril a junho deste ano. O número, recorde, representa aumento de 4,5% em relação ao período do primeiro trimestre. Em relação a um ano atrás, houve crescimento de 38,7%, o que significa 3,2 milhões a mais de desempregados procurando voltar ao mercado de trabalho.