Brasília (DF) – Os anos de desmonte promovido pelas gestões petistas de Lula e Dilma Rousseff nas estatais têm cobrado o seu preço na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Os Correios deverão fechar 2017 com um prejuízo de R$ 1,3 bilhão, de acordo com projeção do presidente da estatal, Guilherme Campos. Caso o rombo se confirme, será o quinto ano consecutivo em que a empresa tem um saldo negativo. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Somente nos quatro primeiros meses deste ano, os Correios já acumularam um prejuízo de R$ 800 milhões. Desse déficit, R$ 600 milhões são referentes ao custo do plano de saúde dos funcionários. Já do rombo de R$ 2 bilhões registrado em 2016, R$ 1,8 bilhão corresponde à cobertura estendida do plano de saúde, que beneficia cônjuges, filhos e pais dos funcionários.
Para tentar reverter a crise na estatal, a ideia do presidente Guilherme Campos é alterar o plano de saúde, de forma que a empresa custeie 100% do plano apenas para funcionários ativos e aposentados, excluindo parentes. “A única proposta hoje na mesa é essa: assumimos 100% do custo dos funcionários na ativa e dos aposentados e 15% do resultado do lucro da empresa iria para a folha de pagamentos para que os empregados optem por contratar com desconto o plano de parentes”, afirmou ao Estadão.
A proposta da estatal representaria uma economia de um terço do déficit da empresa, cerca de R$ 600 milhões, mas ainda depende de um acordo com os funcionários. O processo de mudanças, de acordo com Campos, está sendo feito “por etapas”.
Além dos cortes no plano de saúde dos funcionários, os Correios também foram obrigados a recorrer a um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para diminuir custos. No total, 5.544 empregados aderiram ao plano, o que deve garantir uma redução de R$ 645 milhões por ano. Ainda assim, a adesão foi considerada baixa, e as medidas de austeridade precisarão ser continuadas, especialmente dentro da estrutura organizacional da empresa.
Leia AQUI a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.