PSDB – PE

Dilma corta recursos da saúde, educação e transportes, mas emendas parlamentares são ‘intocáveis’

Captura de tela 2016-03-31 11.50.50Os cortes que a presidente Dilma Rousseff fará em áreas essenciais do governo devem subtrair R$ 4,2 bilhões em verbas do Ministério da Educação, R$ 2,8 bilhões da Defesa, R$ 2,4 bilhões da Saúde e R$ 1,2 bilhão dos Transportes.

Por outro lado, a petista tornou ‘intocáveis’ as emendas parlamentares que são aquelas despesas de interesse direto de congressistas e que, agora, com a debandada do PMDB, tornaram-se uma forte moeda em troca de apoio para tentar barrar o impeachment.

Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (31) pelo jornal Folha de S. Paulo, foram mantidos os R$ 6,6 bilhões em emendas autorizados para serem liberadas este ano. Dilma poderia ter cortado parte desses recursos, inclusive na proporção dos cortes feitos em outras despesas. Mas decidiu atingir apenas as emendas de parlamentares estaduais, já que busca nos federais votos para tentar impedir a aprovação do impeachment.

Além de negociar com emendas, a presidente Dilma ainda redistribui cargos nos ministérios dentro da operação ‘abafa impeachment’. A petista pretende anunciar o ‘novo’ ministério negociado até amanhã (1/4).

25190073704_7519880762_zO deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) alertou, em discurso na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (30), sobre a investida do governo Dilma para reunir votos contra o impeachment.

Denunciou o tucano, que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está entre os instrumentos de negociação da petista no ‘leilão’ em que virou seu governo frente às grandes chances de aprovação do afastamento da presidente.

“A saúde do povo pobre brasileiro colocada numa mesa de negociação para comprar voto de deputado contra o impeachment. É uma vergonha o que está acontecendo hoje em Brasília. Como é que um cidadão decente ainda defende um governo que tem esse tipo de prática. Quem é sério não pode compactuar com esse tipo de prática e não pode defender esse tipo de governo?”, questionou, reforçando a vigília que fará a oposição até o dia da votação do impeachment.

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