Brasília – Em resposta à tentativa de Dilma Rousseff responsabilizar o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo pela corrupção instalada na Petrobras, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) afirmou que a presidente não pode ser “chefe de facção”.
“Presidente da República não pode ser chefe de facção. Um presidente da República, a rigor, deveria se desfiliar do partido político pelo qual foi eleito para poder ser o presidente de todos”.
Na opinião do tucano, Dilma se comporta como se ainda estivesse em campanha, chamando a oposição para a briga. “Lamento que a presidente não tenha outra a coisa a fazer a não ser acuar a oposição”.
Para Aloysio, Dilma e o ex-presidente Lula foram as pessoas que mais influíram na Petrobras. “Será que, nestes 12 anos, eles – que tiveram a faca e o queijo na mão – não teriam como levantar nem que fosse uma leve suspeita sobre o passado?”
Ao culpar o PSDB, a presidente mostra que não sabe o que fazer. “Estamos sem governo. É um governo que perdeu o pé, que não sabe para que existe.”
Impeachment – Aloysio afirmou que, embora concorde com os argumentos do jurista Ives Gandra da Silva Martins em artigo publicado na Folha de S.Paulo, no início de fevereiro, a respeito de uma ação de impeachment presidencial por improbidade administrativa, não acredita existir condições políticas para tal.
“É claro que alguns defendem o impeachment da Presidente Dilma, mas defender o impeachment significa, no fundo, dizer o seguinte: nós não aguentamos mais viver num governo que não governa, num governo que não dá resposta aos problemas do nosso País. É uma manifestação de descontentamento muito grande, que a presidente acaba por polarizar.”
Aloysio afirmou que irá participar das marchas convocadas para o dia 15 de março em todo o país contra a presidente Dilma.
* Íntegra do discurso em vídeo