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Dilma repete velhos argumentos e se exime dos crimes praticados, diz Cássio Cunha Lima

29030367830_7d544d7e24_zEm sua defesa no processo de impeachment, nesta segunda-feira, a presidente afastada Dilma Rousseff fez um discurso ao plenário do Senado Federal no qual reiterou ser vítima de um “golpe de estado”.

A petista negou ter cometido os crimes pelos quais é acusada – a abertura de decretos de suplementação orçamentária sem autorização do Congresso Nacional e a contração ilegal de empréstimos com bancos públicos, chamados de “pedaladas fiscais”.

Para o líder do PSDB do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), o discurso não trouxe nada de novo na fala da petista.

“A presidente Dilma Rousseff não trouxe absolutamente nada de novo em seu pronunciamento. Repetiu os velhos argumentos que vem sendo utilizados há meses. Ela mais uma vez nega a autoria dos crimes, e os crimes foram cometidos”, afirmou.

Cássio Cunha Lima também rechaçou os ataques de Dilma à legalidade do processo. Para o tucano, classificar o impeachment como golpe agrava ainda mais a situação da ré.

“Diz o artigo 85 da nossa Constituição que é crime de responsabilidade tentar impedir o funcionamento do Poder Legislativo. E ao qualificar equivocadamente esse processo como um golpe, ela tenta impedir o funcionamento do Legislativo. Portanto, ao invés de atenuar a sua já grave situação com o discurso, a presidente agravou a sua situação, e por isso será condenada pela maioria esmagadora dos senadores do Brasil”, acrescentou.

Durante esta segunda-feira, Dilma Rousseff responderá a questionamentos de senadores e de advogados de acusação e defesa. Para os próximos dias, estão previstos pronunciamentos dos parlamentares na tribuna e a votação final. São necessários 54 votos dos 81 senadores para afastar definitivamente a presidente do cargo.

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