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Diplomacia: Tucanos chamam a atenção para equívocos que comprovam retrocesso do governo Dilma

Tucanos: Delegado Valdir (GO), Betinho Gomes e Daniel Coelho (PE)
Tucanos: Delegado Valdir (GO), Betinho Gomes e Daniel Coelho (PE)

Se com Lula a política externa brasileira já era um fiasco, com Dilma a situação não foi diferente. O governo da petista tem dado demonstrações de completa incompetência na área diplomática.

Deputados do PSDB chamaram a atenção nesta terça-feira (24) para a série de equívocos que comprovam o quanto o país tem andado para trás na área de relações exteriores.

Os tucanos destacaram que o Itamaraty está sem recursos até para pagar aluguel de embaixadas. O governo federal se alinha cada vez mais a nações que vivem ditaduras que ferem os princípios democráticos e se ausenta de importantes debates internacionais, a exemplo da Conferência de Segurança de Munique, nesta semana.

Como se não bastasse, a chefe-maior do Estado brasileiro chegou a defender o diálogo com os extremistas assassinos do Estado Islâmico e provocou enorme fissura na relação com a Indonésia.

A falta de habilidade na diplomacia é visível. O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) afirma que é normal um governo defender seus cidadãos e pedir clemência diante de um fato como a execução do brasileiro Marcos Archer, ocorrida em janeiro, na Indonésia.

“Mas, a atitude de não receber a carta de diplomacia do representante daquela nação só fez recrudescer uma relação que já estava azedada”, apontou.

O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) defende um posicionamento contundente do Parlamento e do governo brasileiro diante do que vem acontecendo na nação vizinha, onde o prefeito de Caracas foi detido e acusado de ‘conspirar’ contra o governo. “No momento em que você começa a prender pessoas eleitas pelo povo, a fechar e a invadir sede de partidos políticos, fica evidente que o processo em curso é uma ditadura bolivariana. Não podemos nos calar. É extremamente importante que haja um pronunciamento oficial em defesa da democracia”, disse, da tribuna.

 

 

Para o deputado Delegado Waldir (GO), a atitude foi vergonhosa e desrespeitou a soberania daquele país. ” Tudo isso por que o governo da Indonésia recusou clemência a um traficante, enquanto em nosso país mata-se 100 mil pessoas por ano e não se faz nada, sendo que muitas dessas mortes são por causa do narcotráfico”, afirmou durante discurso na Câmara.

A Indonésia está no aguardo por um pedido de desculpas do governo brasileiro pelo adiamento da apresentação das credenciais do embaixador indonésio designado para o Brasil. O país asiático está analisando todas as áreas da cooperação bilateral. “Essas atitudes só prejudicam o Brasil” destaca Betinho.

O tucano afirma que o Brasil, durante os governos petistas, deixou de priorizar a política diplomática e resolveu apostar na política ideológica em seus relacionamentos internacionais. Ele cita a Venezuela como exemplo e afirma que falta ao Brasil, uma “política diplomática que mostre independência, força, altivez e compromisso com os direitos humanos.”

No país vizinho, o governo de Nicolás Maduro prende e tortura pessoas sem julgamento e atira em manifestantes contrários ao regime. Ainda assim, o PT divulgou nota defendendo a gestão autoritária de Maduro. No texto, que estava no site do partido e agora está inacessível, os petistas se dizem “certos de que o governo venezuelano está  empenhado na manutenção da paz e das plenas garantias a todos e todas cidadãos e cidadãs.”

Para Vitor Lippi (SP), esse alinhamento com regimes ditatoriais é péssimo para o Brasil. “Estamos dando passos para trás e perdendo espaço no cenário internacional. Isso prejudica a imagem do país e até mesmo nossas relações econômicas com os países democráticos desenvolvidos”, lamenta. O tucano  afirma que falta ao Brasil assumir seu papel de protagonismo na América Latina, o que é desastroso inclusive para suas relações econômicas.

Exemplo disso é a ausência do país em um dos fóruns independentes mais importantes do mundo para os formuladores de políticas de segurança internacionais, a Conferência de Munique.  Assim como no ano passado, o Brasil foi o único país entre as dez maiores economias do mundo sem participante no evento. A América Latina foi a única região sem qualquer representação durante os debates que ocorreram no início deste mês.

* Do PSDB na Câmara

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