Brasília (DF) – Reportagem da “Folha de S.Paulo” desta sexta-feira (28) destaca a violação de documento enviado pela Petrobras em resposta a um requerimento de informações apresentado pelo deputado Antonio Imbassahy (BA), atual líder do PSDB na Câmara.
Faltaram duas páginas, justamente as que continham informações sobre a polêmica compra da refinaria de Pasadena, um dos piores negócios já feitos na história da estatal brasileira.
A Petrobras desembolsou ao todo US$ 1,2 bilhão na compra da refinaria, a mesma adquirida em 2005 por uma empresa belga no valor total de US$ 42 milhões.
A Câmara recebeu o documento em dezembro de 2012 com o carimbo de sigilo.
No entanto, as informações chegaram violadas ao seu destinatário, sem qualquer lacre e com páginas faltando.
Soube-se depois que o trecho ausente se referia justamente ao negócio envolvendo Pasadena.
De acordo com a 1ª Secretaria da Mesa da Câmara, que lida com os requerimentos de informação, os documentos foram enviados pelo Ministério das Minas e Energia “sem envelope” e sem os procedimentos que regulamentam o tratamento de informação classificada em grau de sigilo.
Esses requerimentos são uma prerrogativa dos parlamentares.
Os órgãos destinatários do pedido têm até 30 dias para encaminhar a resposta, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.
A prestação de informações falsas também é considerada crime.
No Congresso, Imbassahy é protagonista nesta Legislatura ao denunciar os sucessivos desmandos da Petrobras.
Não é de hoje que o deputado alerta a sociedade para os malfeitos patrocinados pelo governo petista à frente da estatal.
Em 14 agosto de 2012, por exemplo, o parlamentar foi à tribuna para cobrar do governo Dilma mudança nos rumos da Petrobras, sob pena de graves prejuízos para os acionistas e para a imagem de uma empresa motivo de orgulho para os brasileiros.
De acordo com o tucano, a excessiva ingerência política dos governos petistas vem colocando a estatal em situação de risco.
Naquela fala, o tucano citou a transação envolvendo a refinaria.
*Portal do PSDB na Câmara