O Jornal do Commercio ouviu os 25 deputados federais de Pernambuco e somente dois são claramente contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita em comissão especial na Câmara: o vice-líder do governo, Sílvio Costa, e a presidente nacional do PC do B, deputada Luciana Santos.
Alguns dos parlamentares, que agora sinalizam voto a favor, mudaram de opinião em função do agravamento da crise e da força das últimas manifestações populares, por todo o país, que não apenas defenderam a saída da presidente Dilma, também rechaçaram um provável projeto do ex-presidente Lula de disputar a presidência da República.
Os três federais pernambucanos do PSDB – Betinho Gomes, Daniel Coelho e Bruno Araújo – estão fechados em favor do impeachment. O deputado Bruno Araújo, que integra a comissão especial, gravou um vídeo logo após a segunda sessão do colegiado, realizada nesta segunda (21), registrando a contagem regressiva das dez reuniões para que a petista apresente defesa.
Animado, o parlamentar ressaltou a força do apoio das manifestações populares, que se mantém vigilante em frente ao Palácio do Planalto (foto), como componente de reforço ao processo de impeachment.
O deputado Daniel Coelho avalia que o avanço do processo de impeachment é fruto da vontade popular que se refletirá nos votos do Parlamento. “O gigante acordou. Quem vai tirar esse governo não é a oposição, a justiça ou a imprensa. É o povo brasileiro que está mobilizado nas ruas e nas redes”.
A maior baixa na base de apoiadores de Dilma na bancada pernambucana se deu no PSB. A virada, segundo observou a reportagem, coincidiu com a divulgação do grampo feito pela Polícia Federal com os diálogos entre Dilma e Lula. A reportagem ressalta, ainda, o papel das redes sociais que muito têm servido de cobranças aos parlamentares.
Nesta terça-feira (22), o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), comunicou a retirada do aditamento da delação do senador Delcídio do Amaral ao processo de impeachment. Justificou o parlamentar em seu perfil numa rede social, que a medida é uma forma de “não dar motivos para o PT fazer questionamentos para atrasar a votação”.
“Já há motivos de sobra para o impeachment no pedido original: as pedaladas fiscais, a liberação de recursos sem autorização do Congresso, a operação criminosa para a compra de Pasadena, que deu um prejuízo bilionário para a Petrobras, o próprio Petrolão, listou Imbassahy.
Também na sessão desta terça-feira (22), tucanos que integram a comissão do impeachment apresentaram vários requerimentos que você confere clicando aqui.