Dilma, seu governo e seu partido já foram pra cucuia. Como será o futuro para os 205 milhões de brasileiros?
Se ela, ainda sim, ficar na presidência, o país terá que conviver com a agonia de um grupo no poder sem credibilidade, sem capacidade de governar e sem respeitabilidade. Vale dizer vamos sentir por mais de 3 anos o cheiro da desagregação e da decomposição desse governo. E o povo sofrer ainda mais.
E se ela sair por qualquer das formas possíveis, renúncia, impedimento ou cassação do mandato? Assumirá, em um quadro de normalidade constitucional, o vice, Michel Temer.
Se o vice e seu PMDB assumirem, terão condições melhores de governar do que tem Dilma? Afinal eles não estão tão envolvidos tanto nas políticas do atual governo, em todos os setores, quanto nos desvios morais que estão sendo escancarados pelas investigações do MPF e da PF? O vice não foi beneficiado, como dobradinha de Dilma, da corrupção que impulsionou a reeleição? Não seria um novo problema?
As ruas mostram uma mudança qualitativa. O PT, Dilma e Lula passaram a ser o foco da indignação popular. O povo quer vê-los pelas costas. Mas não creio que Temer tenha a legitimidade e a capacidade para governar necessários para substituir o PT no poder.
O melhor para o país seria o afastamento da presidente e do vice e a construção de uma saída democrática que se apoie em eleições livres e limpas. Um novo arranjo político para dirigir o país.
Penso que é com essa perspectiva que temos que trabalhar para superar a profunda crise moral, econômica e política por que passamos. Árduo e doloroso, mas é o melhor caminho.
* Publicado no Blog do Goldman