O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) acredita que a terceira manifestação nacional contra a presidente Dilma e o PT, realizada neste domingo (16) em todo o país, consolidou o sentimento de recusa da sociedade das práticas e do discurso dos governos petistas. O tucano avalia que a população foi às ruas essencialmente para dizer que defende “a punição efetiva dos culpados” pelos graves esquemas de corrupção que se instalaram no país durante as gestões petistas.
Além do problema da corrupção, Daniel Coelho identifica na reação da população brasileira uma forte indignação com as políticas do segundo governo Dilma e com a própria presidente que, segundo ele, instituiu um “presidencialismo sem presidente” e levou o Brasil à situação de “quase um barco à deriva”.
“Dilma perdeu a credibilidade com a sociedade, com seu eleitor, com a própria base, com o Congresso, com os partidos, com a imprensa, perdeu a credibilidade com o país. É muito difícil viver a situação que a gente vive: um presidencialismo sem presidente. É quase um barco à deriva. O grande problema é que Dilma mentiu descaradamente. Disse que não haveria necessidade de ajuste, que Aécio é que faria um tarifaço, ela negou a crise. O grande problema que a gente vive hoje é que na busca do poder pelo poder o governo empurrou o pé ladeira abaixo, realizando gastos desproporcionais inclusive em relação aos períodos anteriores dos governos do PT. Simplesmente para se reeleger. A grande questão é que Dilma II recebeu uma herança maldita do governo Dilma I, diferente de Lula que recebeu um país organizado de Fernando Henrique”.
Daniel chamou a atenção da sociedade para o “vergonhoso” acordo do PT com o presidente do Senado, Renan Calheiros, no esforço de tentar barrar investigações e impedir que as contas da presidente sejam julgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O tucano se refere à concessão do prazo de mais 15 dias, concedido à presidente, para explicar as contas de seu governo exercício 2014.
“Independentemente de partido, de oposição e governo, o que se quer é que a Constituição seja respeitada. E esse respeito se dar pela capacidade de todas as instituições de cumprirem seu papel. Precisamos apoiar a justiça que está fazendo um excelente trabalho, o Ministério Público, a Polícia Federal que demonstra está cumprindo com seu papel constitucional, e as manifestações vêm nesse sentido: de dizer para todo o país que ninguém vai aceitar impunidade, que ninguém está acima da lei, e que esse acordo entre o PT e Renan não pode prosperar. Todos precisam ser tratados sob à ótica da lei e da Constituição Federal”.