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É preciso ter equilíbrio neste momento, apela Tasso Jereissati

Da tribuna do Senado, o presidente interino do PSDB Nacional, senador Tasso Jereissati (CE), fez um apelo, nesta terça-feira (23), para o equilíbrio das forças políticas. No plenário, Tasso pediu que os aliados do governo e oposição deixem as divergências de lado e busquem recompor a normalidade do Legislativo em respeito à sociedade e ao país.

“Vamos pensar no país. Nós não podemos difundir e espalhar esse ódio este rancor imenso, que nós vimos aqui hoje nesta Casa, pelo país afora. Porque nós estaremos dando o pior exemplo que nós poderíamos dar para o país”, alertou Tasso.

Após momentos de tensão enfrentados minutos antes, durante a sessão para a leitura do relatório da modernização trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tasso conclamou os colegas a refletir: “Eu queria chamar a todos à reflexão sobre esse momento difícil, e dizer, sinceramente, que espero que o bom senso e o equilíbrio baixem sobre esses senadores”.

Tasso chegou a temer pela própria integridade física diante da agressividade de alguns senadores de oposição contrários à leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a modernização da legislação trabalhista.

“[Foi] uma demonstração de ódio, de rancor e intolerância total. Raiva. Eu fiquei impressionado com a raiva e o ódio que eu via nos olhos de alguns senadores. Eu não entendo o porquê. Em nenhum momento, fizemos nenhum tipo de agressão. De insinuação. E senti todo esse ódio, esse rancor, e senti, sinceramente, senhor presidente, a temer pela minha segurança física”, lamentou o senador.

E lembrou o período em que esteve na oposição: “Eu passei praticamente 11 anos, aqui, na oposição. Várias vezes fui atropelado no meu pensamento. Várias vezes fui atropelado na minha maneira de ver as coisas. Nunca, nem vi nem sequer tive a audácia de pensar em não aceitar o resultado. Quanto mais fisicamente, indo à desforra física”.

O presidente interino do PSDB destacou que o relatório tem 168 emendas colocadas e que alguns senadores divergiram contra a leitura. “Colocamos em votação em acordo e de acordo com todos os senadores lá presentes da situação, da oposição, do PMDB, do DEM, do PSDB, do PT, do PCdoB, todos concordaram com a votação desse requerimento para que houvesse uma decisão”, disse ele.

 

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