Depois do saldo positivo registrado pelo mercado de trabalho em fevereiro, a economia brasileira segue dando sinais de recuperação após mais de dois anos de profunda recessão. Prova disto é que o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) subiu 4,4 pontos percentuais, chegando a 106.2 pontos apenas nos dois primeiros meses de 2017. O índice, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board (TCB), busca mostrar as tendências para a atividade da economia no país. As informações são de matéria do Diário Comércio Indústria & Serviços (DCI).
De acordo com Paulo Piccheti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, e porta-voz do estudo, o resultado projeta para uma possível alta no Produto Interno Bruto (PIB) do país até a metade do ano.
“Vemos o contexto para uma reversão de ciclo econômico, com o final da recessão e, possivelmente, um resultado positivo no segundo trimestre deste ano”, afirmou Piccheti à reportagem do DCI. Segundo ele, é possível que a atividade econômica apresente uma leve melhora já no primeiro trimestre, em razão do bom rendimento agrícola no período.
Já Luiz Fernando Castelli, economista da GO Associados, ressaltou a importância dos ajustes fiscais implementados pelo governo na melhora das expectativas e observou que o programa de concessões pode contribuir para o crescimento da economia. “O bom resultado dos leilões de aeroportos, por exemplo, pode trazer um impacto positivo a partir do segundo semestre deste ano.”, analisou.
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