Brasília – A incompetência do governo da presidente Dilma Rousseff está estampada na página mais nobre da edição desta quarta-feira (16) do jornal O Estado de São Paulo, um dos mais importantes do país. O texto classifica como “constrangedora” a execução do cronograma da gestão petista das obras para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. O planejamento foi firmado entre o governo brasileiro e a Fifa, organizadora do evento, há seis anos, quando o Brasil foi anunciado como sede do torneio.
“Quanto às obras de mobilidade urbana consideradas necessárias para melhorar o tráfego nas cidades escolhidas para sedes do campeonato, a situação dos organizadores brasileiros é ainda mais embaraçosa: dos 82 empreendimentos acertados há cinco anos, 21 já foram liberados do compromisso em comum acordo com a Fifa”, diz trecho do texto.
E continua: “Como foram acrescentados mais 28, agora há 86 obras em andamento. Tiveram orçamento alterado 25 delas e 33 não cumpriram o cronograma anunciado. Apenas três em 82 (3,5%) mantêm orçamentos atualizados e prazos em dia. Estas reformas concluídas representam cerca de 5% do que estava previsto para ficar pronto até agora: seriam 35 – nove em 2011 e 26 no ano passado. Mas somente dois foram entregues, ficando 36 para este ano e 23 para 2014. Na previsão feita em 2010, só uma obra seria entregue no ano da realização do torneio. Agora já serão 23”.
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) considera a atual situação do cronograma do governo federal para a Copa de 2014 lamentável. De acordo com ele, o que um evento esportivo desse porte traz de benefício para o país é justamente o legado, com as grandes obras de infraestrutura.
“De tudo o que foi prometido para melhorar as cidades que receberão os jogos, uma grande parte não será entregue. Fala-se muito nos estádios, mas as outras obras, que são ainda mais importantes, são deixadas de lado. Muitos governos estaduais têm culpa também. No Distrito Federal, o cronograma está atrasado, com exceção do estádio, que tem capacidade semelhante ao do Grêmio, no Rio Grande do Sul, inaugurado há pouco tempo, mas que custou um terço do preço”, critica.
Do PSDB Nacional