Folha de Pernambuco – Uma das vozes mais críticas ao Governo Eduardo Campos (PSB), a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) afirmou que o socialista tenta vender uma imagem do Estado para o Brasil que não bate com a realidade, destacando que o gestor tem prometido o que não faz. “Ele fala como se em Pernambuco não tivesse problema, como se ele já tivesse resolvido tudo. Ele apresenta um Pernambuco que não existe, fantasioso”, asseverou a parlamentar. Nesta entrevista à Folha de Pernambuco, a tucana faz uma reflexão sobre os dois anos que passou fora do Parlamento e cravou que o presidenciável da sua legenda, Aécio Neves, estará no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Eu acho que o partido que tem condições de ir para o segundo turno com o PT é o PSDB”, assegurou.
Deputada, a senhora voltou à Casa após dois anos fora do Parlamento pernambucano. Como foi esse retorno?
Foi importante. No primeiro momento, eu não consegui entrar logo (na eleição de 2010) porque não consegui os votos, mas havia sempre essa possibilidade de eu assumir, uma vez que tínhamos quatro candidatos a prefeito pelo PSDB (Betinho Gomes, Carlos Santana, Daniel Coelho e Edson Vieira) dentro da bancada. Então, acho que foi importante eu ter ficado dois anos fora porque o meu primeiro mandato foi muito estressante. Foi um mandato de muita perseguição na Assembleia porque éramos a minoria da minoria. O que a oposição continua sendo. Só que houve alguns episódios muito difíceis, como a historia dos shows fantasmas (da Secretaria de Turismo) que denunciamos. Isso foi muito desgastante até dentro da Casa, porque envolvia pessoas da Casa (o deputado Silvio Costa Filho/PTB). Para mim, pessoalmente, foi bom eu ter ficado dois anos fora, porque deu para ver melhor as coisas, descansar um pouco mais. Eu estava muito estressada, cansada.
Nesse período a senhora ponderou que poderia ter atuado de alguma forma diferente em um ou outro caso?
Não. Eu lamentei somente o fato de que a gente sentiu a dificuldade dos deputados do Interior de fazer oposição. Então, fica a sobrecarga para os deputados metropolitanos. Os deputados não tinham condições de ir para a linha de frente por conta da vinculação com prefeitos do Interior que dependiam do Governo e o Governo fazendo muita perseguição. Só que eu achava, na época, que a perseguição maior era porque a gente tinha uma liderança do PT do Governo, que era Isaltino Nascimento (atual secretário de Transportes). Ele era muito exaltado na tribuna, mas, quando eu voltei, para minha surpresa, o que ele já tinha me falado antes eu observei que era verdade, que o PSB é mais xiita que o PT mesmo. No meu primeiro mandato, apresentei vários projetos que foram aprovados pela Casa, até pelos deputados do Governo. Havia um certo diálogo, mesmo com toda tensão que a gente passou. Nesse segundo mandato, não esta fácil a situação dentro da Casa. Quando eu voltei, observei que, na verdade, a perseguição era maior.
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