Pernambuco – Em entrevista na manhã desta quinta-feira (2) à rádio JC News, a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), esclareceu as razões que levaram PSDB e PSB a uma aliança para 2014 em Pernambuco, composição que se estende aos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Na avaliação da parlamentar, o governador Eduardo Campos fez um claro deslocamemto para a oposição ao PT, em nível federal, o que fortaleceu a aliança entre as legendas. A deputada, que presidente o Instituto Teotônio Vilela (ITV) no Estado, destacou entretanto que o PSDB fará, em Pernambuco, a campanha de Aécio Neves à Presidência da República.
Abaixo a entrevista na íntegra:
“O PSDB foi oposição na Assembleia até agora. Mas nós entendemos e apoiamos a posição do partido, que é nacional, de fazer uma composição com o PSB em Pernambuco como está sendo feita em Minas Gerais e com chances em São Paulo e Paraná. O que acontece é que o governador Eduardo Campos, em nível nacional, está na oposição (ao PT), por isso os caminhos do PSDB e do PSB se encontraram. Em função disso, inclusive do compromisso assumido pelo governador de num eventual segundo turno nos apoiar, como também o apoiaremos, deu-se o entendimento.”
“O PSDB tinha a opção de ter candidatura própria mas esse cenário não foi levado adiante porque não temos estrutura para fazer uma campanha a governador no momento em que o grande o debate em Pernambuco vai se dar entre Eduardo e Dilma. Então decidimos apoiar o candidato a governador de Eduardo mas vamos fazer a campanha de Aécio Neves à Presidência.”
“Na Assembleia, o partido nos deu a liberdade de sermos independentes, fazendo as críticas quando necessárias e votando com o governo nas votações que considerarmos importantes para o povo de Pernambuco. Não estamos abdicando do nosso pensamento com essa aliança com o PSB. Vamos continuar com nossa posição crítica. Mas reconhecemos que o protagonismo da oposição este ano, na Assembleia, vai ocorrer sobretudo nas bancadas do PT e PTB porque elas estarão enfrentando Eduardo nos níveis federal e estadual. Acreditamos ainda que o debate federal vai se dar também na Assembleia e nós participaremos dele.”
“Não podíamos ir contra uma decisão nacional do partido. Mas continuaremos fazendo as cobranças necessárias (ao governo). Seria um absurdo mudar da água para o vinho. Quando houver necessidade de votar contra o governo votaremos sem problemas. O partido vai entender e nos respeitar. Essa questão já está colocada no partido.”