Representando o grupo das Oposições, o vereador André Régis (PSDB) ocupou a tribuna da Câmara Municipal nesta sexta-feira (22) – última sessão plenária do ano – para fazer um breve balanço da gestão do Recife. Ao longo de 2017, o tucano se manteve no exercício diário da fiscalização da cidade, propondo modificações que, segundo ele, “pudessem impulsionar a cidade para um melhor planejamento”.
André Régis iniciou destacando o problema do comprometimento da folha de pessoal que se encontra hoje superior a 49% da arrecadação municipal. “Essa é uma gestão inchada do ponto de vista de pessoal e isso representa menos recursos para o essencial que é o investimento. Precisamos de uma melhor saúde financeira para investir, por exemplo, em mobilidade. O Recife não anda, está entre as piores cidades do país em congestionamento. Uma cidade que não anda tem dificuldades de melhorar o ambiente de negócios, de gerar empregos”, cobrou.
Autor de um diagnóstico preciso das escolas públicas do Recife – levantamento que virou uma plataforma digital, o “Raio X das Escolas” – André Régis ressaltou que a educação é mais uma área em que o atual governo “ficar a dever”. Segundo ele, os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) confirmam que “2017 é mais um ano de estagnação no que se refere ao aprendizado das crianças recifenses”.
“Estamos fechando o 5º ano da atual gestão e o Ideb não evolui. Quando o atual prefeito assumiu, o Ideb era 4.1 no Fundamental 1, passou para 4.3 e agora 4.6. E vale registrar que o Recife sequer emergiu na média do Ideb para o Fundamental 2. Portanto, houve uma estagnação na Educação que sonega o direito a um futuro de nossas crianças. Sem falar da promessa de entrega de novas escolas que não foi cumprida”, registrou.
Entre outros temas tratados pelo parlamentar, estão a saúde, as obras paralisadas e o descuido com o principal cartão postal do Recife, a praia de Boa de Viagem, que figura em levantamento feito jornal Folha de São Paulo entre as praias mais imprópria ao banho do país. “Lamentavelmente 2017 não entrará para a história como um ano em que a qualidade de vida do recifense melhorou”, lamentou Régis.