No primeiro debate presidencial realizado nesta quinta-feira (9/8) pela Band TV, o candidato do PSDB, Geraldo Akckmin, anunciou que ampliará o Bolsa Família, caso seja eleito. O programa, lembrou o ex-governador, “não é nada mais do que a junção de três programas de complementação de renda do governo do #PSDB: o Bolsa Escola, o Vale Saúde e o Vale Gás que o governo (do PT) corretamente continuou e criou o Bolsa Família que nós vamos ampliar. Com que dinheiro? Com o dinheiro do ‘bolsa banqueiro’ que vai expandir os programas de natureza social”.
Veja o que disse Alckmin sobre outros temas durante o debate da Band:
BNDES e o Nordeste
O BNDES tem lá 200 e tantos bilhões de reais que são do governo. Nós vamos trazer de volta gradualmente parte desses recursos e vamos investir prioritariamente na área social, especialmente no Nordeste brasileiro. Água no semiárido. Ajudar na questão da transposição do rio São Francisco.
Impostos
Nós vamos simplificar o modelo tributário brasileiro. De cinco tributos para o Imposto de Valor Agregado (IVA) e reduzir o imposto corporativo. Vamos simplificar os impostos porque isso vai ajudar a indústria a gerar empregos e renda. Vou tributar dividendos, reduzir imposto da pessoa jurídica para ter mais investimentos no Brasil.
Reforma
A reforma trabalhista foi necessária, estimula mais empregos, moderniza as relações de trabalho. Vou fazer justiça aos trabalhadores. O FGTS não será surrupiado como foi nos últimos 10 anos. O FGTS é a poupança do trabalhador.
Competitividade
O Brasil ficou caro e perdeu competitividade. Precisamos agir nas causas do problema. Vamos trabalhar para reduzir os juros no Brasil.
Saneamento
Por ser médico minha obrigação é cuidar bem saúde. Vamos reverter os recursos do PASEP e Cofins em investimento no saneamento básico, em hospitais como fizemos em São Paulo, em ambulatórios especializados e investir na prevenção que é base do atendimento primário.
Alianças
Nós temos um sistema pluripartidário. Construímos uma aliança para aprovar as reformas que o povo precisa. Temos que mudar, e mudar rápido, para sair do marasmo. Para isso precisa ter maioria. Há ótimas pessoas nos partidos. O Progressista me deu a vice, Ana Amélia, uma das pessoas mais respeitadas e mais admiradas. A Marina saiu do PV dizendo que era incompatível e voltou a se aliar ao PV. Ela não está errada. Num quadro tão pluripartidário como o brasileiro, as alianças são necessárias.
Segurança Pública
São Paulo é um caso reconhecido internacionalmente (de redução do número de homicídios). Tínhamos em 2001, 13 mil pessoas assassinadas, reduzimos para 3.503 ano passado. Se tivéssemos poupado uma vida já teria valido a pena. Tivemos em São Paulo 10 mil vidas poupadas (de 2001 a 2017). É possível reduzir a violência no Brasil. Vamos enfrentar duramente o crime organizado, especialmente as fronteiras, o tráfico de drogas e armas, integrando a inteligências da polícias. Na questão da Segurança, seremos parceiros dos estados, dos governadores, dos prefeitos, trabalhar juntos nesse que é o grande desafio latino-americano, sobretudo do Brasil.
Previdência
Em relação à reforma da previdência a primeira tarefa será acabar com o sistema injusto: a aposentadoria do INSS é R$ 1.391 enquanto no sistema público a aposentadoria é em média R$ 28 mil na Câmara dos Deputados.
Lava Jato
A Lava Jato é uma conquista da sociedade. Não há hipótese de acabar. O que precisamos é aprofundá-la, acabar com o crime do colarinho branco, é isso que deve ser feito. E reformar as instituições, começando pela reforma política. Reforma política fará a grande diferença para melhorar a política do Brasil. E temos que reduzir o tamanho do Estado. Colocar as agências (reguladoras) distantes dos partidos.
Educação
Nossa prioridade será a educação básica: o ensino infantil (de zero a 5 anos), o fundamental (de 6 a 14) e o médio. Em São Paulo fizemos a creche escola, foram quase 300 entregues e outras estão em obras. Vamos zerar as filas de crianças de 4 e 5 anos na pré-escola, ampliar as vagas de creches e a valorização do professor como fizemos em São Paulo nas escolas de tempo integral com 75% a mais.
Competência como critério
Vamos escolher (para o governo) os melhores quadros nos partidos e na sociedade. Não precisa ser só de partidos. Fiz em São Paulo com meus secretários, a maioria não era de partidos. Meu critério é o da competência para o Brasil crescer e criar empregos e renda. Estamos começando com uma grande equipe que nos ajuda a elaborar as melhores propostas para o Brasil. Uma coisa é falar, outra é fazer. Precisamos retirar as coisas do papel. Fizemos em São Paulo, mesmo em crise, vamos fazer no Brasil.