Liderado pelos partidos PSDB, DEM, PTB, PV, Podemos, PRTB e PRB, foi realizada neste sábado (27) a segunda edição do movimento “Pernambuco Quer Mudar”
Repetindo o sucesso de público que compareceu em dezembro, no Recife, à primeira edição do evento “Pernambuco Quer Mudar”, as oposições realizaram neste sábado (27), em Petrolina, o segundo encontro do movimento que tem por objetivo apresentar ao Estado propostas alternativas à atual gestão. O próximo encontro está previsto para 3 de março em Caruaru, no Agreste.
Durante o evento deste sábado, o presidente do PSDB-PE, deputado federal Bruno Araújo, anunciou uma das propostas que será apresentada pelo grupo nas eleições deste ano: um amplo programa habitacional que contemplará os policiais militares do Estado.
“Usando nossa experiência no ministério das Cidades, vamos preparar o maior programa habitacional do Brasil para proteger as famílias dos policiais pernambucanos que cuidam da segurança do nosso Estado. Temos um governo que sucateou a saúde, que desmoralizou um sistema de segurança. Mas Pernambuco não tem dono. O partido que hoje governa o Estado acha que vai fazer daqui uma capitania, mas não vai, porque vale no Estado a força do povo”, disse o ex-ministro, que esteve à frente do maior programa de habitações populares do país, o Minha Casa, Minha Vida.
Em seu discurso, o tucano avaliou o atual governo do Estado como “despreparado e incompetente”, mas criticou sobretudo a falta de honestidade em reconhecer o quanto sua gestão como ministro ajudou Pernambuco na liberação de recursos para habitação e saneamento. “Esse é um governo desonesto nas informações. Mas sob à égide da verdade vamos caminhar juntos. Os recursos que foram liberados para Pernambuco por nós ministros nunca tiveram como critério o partido do prefeito que sentava à nossa frente. O que valia era ser apenas prefeito de Pernambuco, essa era a senha”, informou.
Embora reconheça a importância de se ter ministros que muito trabalharam pelo Estado, Bruno Araújo defendeu que Pernambuco precisa agora é de “eleger um líder de verdade com ideias novas”. Acredita o presidente do PSDB-PE, que a tradição dos pernambucanos, de “sempre permitir a alternância de poder para que Pernambuco não tenha dono”, é que permitirá que esse líder surja das urnas nas eleições deste ano.
“Pernambuco está acostumado a ir às urnas não para votar apenas para governador, mas para votar em um líder. Um líder da mesma forma que lá atrás, quando Nilo Coelho fez convite a jovens que se tornaram lideranças importantes. Ou da mesma forma quando Mendonça Filho foi convidado para participar do governo de Joaquim Francisco. Mais ainda, quando o mesmo Joaquim Francisco lançou em 1994 Armando Monteiro ao governo do Estado. É por isso que estamos juntos, para buscar com o povo alguém que lidere o Estado. Não poderíamos ter melhor lugar do que partir para esse projeto daqui, do semiárido. Da terra seca podem nascer riqueza, emprego e sonho”.
A segunda edição do movimento “Pernambuco Quer Mudar” foi realizada no espaço Coliseu Hall e reuniu mais de 3,5 mil pessoas. Entre as lideranças políticas presentes, os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB), os ex-governadores Joaquim Francisco e João Lyra Neto (ambos do PSDB) e os ministros Fernando Filho (Minas e Energia/sem partido) e Mendonça Filho (Educação/DEM). Mais de 60 prefeitos e ex-prefeitos, 11 deputados (entre estaduais e federais), além de trabalhadores e empresários compareceram ao evento que teve como anfitrião o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho.