O discurso do PT, em 13 anos de governo, de “compromisso com os trabalhadores e pessoas de baixa renda”, não se traduziu em realidade diante de sucessivos escândalos de corrupção, erros na gestão econômica do país e dezenas de promessas não cumpridas.
O estelionato eleitoral praticado pela ex-presidente Dilma Rousseff nas campanhas eleitorais certamente foi um dos mais graves erros cometidos pelo PT. Para ser reeleita em 2014, a petista assumiu uma série de compromissos não cumpridos.
Entre as promessas de campanha, estavam o lançamento do 3º Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e o 2º Programa de Investimento em Logística, além da prioridade pelos modais ferroviários e hidroviários do país.
Em levantamento feito pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), constatou-se que as obras não serão concluídas nos prazos anunciados pelo PT. Com verba disponível, projetos de mobilidade urbana que tinham uma previsão de 55 anos para ficarem prontas, devem demorar no mínimo 71 anos para finalização.
O Ministério das Cidades também constatou que no mês de março, dos 329 projetos contratados com recursos do PAC para melhorar a mobilidade urbana no país, apenas 15 estão prontos e outros 79 estão em fase de obras. A maior parte sequer saiu do papel.
O ministro Bruno Araújo afirmou que em 2013, às vésperas da eleição, a ex-presidente autorizou a contratação de quase 400 mil unidades da faixa 1 do programa, voltada para famílias de baixa-renda. Segundo ele, em 2015 foram pouco mais de mil unidades e, este ano, até deixar o governo, Dilma não contratou nenhuma unidade dessa faixa do programa.
Outra promessa não cumprida é a universalização da educação infantil. Em 2015, o Ministério da Educação contabilizou 6.322 creches e pré-escolas concluídas ou em obras das 8.787 prometidas desde a criação do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).
O deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) acredita que houve negligência de Dilma com a educação infantil. “A má gestão contribuiu para que esse projeto das creches não saísse do papel. Os municípios brasileiros ficaram numa situação difícil por conta da crise econômica. A receita diminuiu muito dificultando o custeio da pré-escola”, afirmou.