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Erros cometidos pela gestão Dilma ainda penalizam os brasileiros

Brasília (DF) – Quase um ano após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os erros cometidos pela gestão petista na economia ainda penalizam os brasileiros. A recessão que levou mais de 12 milhões de brasileiros a perderem seus empregos agora ameaça se intensificar por conta do aumento expressivo no número de seguros desemprego pagos. A informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Valor Econômico.

Segundo análise feita pelo economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, em 2014 foram pagos 8,4 milhões de benefícios, em um ano em que o número de desempregados somou, em média, 6,9 milhões por mês, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) Contínua. Para o analista, isso configura um caso claro de “rotatividade elevadíssima” de emprego, com muita reinserção no mercado informal. Ou seja, o trabalhador conseguia uma nova vaga, sem carteira assinada, mas continuava a receber o seguro desemprego, mesmo trabalhando novamente.

Já em 2016, foram 7,2 milhões de benefícios pagos, em um universo de 12 milhões de desempregados. A queda pode ser explicada pela intensificação da crise econômica, que dobrou o número de pessoas desocupadas, reduzindo o incentivo à rotatividade.

O problema, segundo Montero, é que o montante desembolsado pelo governo com o seguro desemprego, aliado ao pagamento de outros benefícios – previdenciários, assistenciais e trabalhistas – desenham uma trajetória insustentável, que não pode ser comportada pelo Produto Interno Bruto (PIB) ou pela carga tributária. Só no ano passado, por exemplo, o governo federal pagou quase 79 milhões de benefícios, 102% a mais do que em 2003.

“Muitos pagamentos têm caráter assistencial: temos 9 milhões de aposentadorias rurais, 13,6 milhões de ‘Bolsas Família’, 4,6 milhões de Loas [Lei Orgânica de Assistência Social] e 5,6 milhões de benefícios por invalidez, auxílio doença e acidentários”, explica.

Dada a estrutura demográfica do país e a perspectiva de envelhecimento acelerado da população, o economista avalia que a evolução indiscriminada de gastos com esses benefícios só poderá ser enfrentada por medidas como a reforma da Previdência.

Leia AQUI a reportagem do jornal Valor Econômico.

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