Brasília (DF) – A retomada da confiança e a estabilização da economia brasileira têm aberto oportunidades para as empresas na Bolsa de Valores. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa do mercado financeiro é de uma expansão de 0,49% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, e de até 2,25% em 2018. Por conta das perspectivas de recuperação da economia, as empresas têm a sua necessidade de investimento reforçadas.
As informações são de reportagem publicada no último sábado (10) pelo portal da revista IstoÉ Dinheiro. “Com a queda dos juros e da inflação, as empresas voltam a se movimentar num cenário macroeconômico menos turbulento”, explicou à revista Saulo Sturaro, sócio da JK Capital.
Para isso, muitas companhias têm investido na abertura de capital, o IPO, na sigla em inglês. Uma delas foi a locadora de veículos Movida, a segunda maior do setor no Brasil, com um faturamento de R$ 1,4 bilhão acumulado nos primeiros nove meses do ano passado. Primeira empresa a destravar as negociações de novas ações na bolsa de valores, após dois anos de recessão econômica, a Movida movimentou R$ 645 milhões. Desse montante, R$ 536 milhões serão utilizados para novos investimentos.
O sucesso da empresa levou outras companhias à abertura de capital. Na terça-feira (14), se iniciam as negociações da locadora de veículos Unidas e do laboratório de análises clínicas Hermes Pardini, que juntas planejam movimentar pouco mais de R$ 1,6 bilhão. Somam-se a elas os registros preliminares da Azul Linhas Aéreas e da Notredame Intermédica. Em 40 dias, as cinco empresas fizeram de 2017 um ano muito melhor para o mercado brasileiro de capitais do que os dois últimos anos juntos.
“Nos últimos dois anos, com a depressão da economia brasileira, ninguém pensava em ir para a bolsa, pois captar dinheiro seria para rolar dívida”, afirmou o sócio da Arbitral Gestão, Rodrigo Menon. “Agora, não é mais uma questão de sobrevivência. As empresas estão pensando em acelerar o crescimento”, avaliou.
Para Saulo Sturaro, a volta dos IPOs reflete a vontade das empresas em se capitalizarem para fazer investimentos. “Por outro lado, os investidores também querem pisar no acelerador e aproveitar as oportunidades”, completou o sócio da JK Capital.
Leia AQUI a íntegra da reportagem da revista IstoÉ Dinheiro.