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Figueiró quer informações da Petrobras sobre demora na implantação da usina separadora de gás em MS

Brasília – O senador Ruben Figueiró (PSDB/MS) anunciou da Tribuna do Senado, na sexta-feira (08/03), que vai apresentar um Requerimento de Informações à Petrobrás sobre a demora em deliberar acerca da viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma usina separadora de gás no estado de Mato Grosso do Sul. O parlamentar solicita dados sobre os investimentos da estatal no estado nos últimos anos, com destaque para os destinados à produção e transporte de gás natural. Também quer saber quais foram os motivos que inviabilizaram a implantação de unidades separadoras de gás do gasoduto Bolívia-Brasil em território sul-mato-grossense.

Figueiró assumiu o mandato de senador há pouco mais de um mês e uma de suas bandeiras é levantar essa discussão em benefício do desenvolvimento econômico não só do seu estado, como de toda a região Centro-Oeste. O parlamentar alega que o gasoduto Brasil/Bolívia atravessa cerca de 600 km do território de Mato Grosso do Sul, mas a grande maioria do Estado consome o gás de cozinha que vem da Argentina. Para chegar ao consumidor final, o trajeto do produto inclui navio, gasoduto e caminhão. Trafegam pelas estradas anualmente mais de 540 mil toneladas de gás de cozinha. São 45 mil viagens por ano, totalizando mais de 96 milhões de quilômetros rodados.

“O gás de cozinha em Mato Grosso do Sul custa cerca de R$ 50, em Brasília deve estar um pouco mais caro, com a usina separadora de gás em MS, com ramificações para Cuiabá, Goiânia e Brasília, o preço final ao consumidor cairia pela metade”, acredita o parlamentar tucano.

Segundo ele, o pleito está “engavetado” há mais de uma década. O pedido para implantar a usina separadora de gás em seu estado foi levado pelo empresário sul-mato-grossense, Ueze Zahran, ao ex-presidente Fernando Henrique em 1995 e depois ao ex-presidente Lula, mas, “infelizmente, até hoje ele se encontra em alguma gaveta da burocracia da Petrobrás, numa evidente negligência e falta de visão”, critica.

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira, se solidarizou com a solicitação de Figueiró e lembrou-se da reunião que teve com o empresário Zahran enquanto Secretário-Geral da Presidência, no governo FHC. “Tive a oportunidade de conversar com o empresário proprietário da Copagaz, a que V. Exa se referiu, e me abriu a perspectiva do potencial extraordinário do aproveitamento do gás, se fossem instaladas ali usinas que permitissem a sua fragmentação. Fico muito feliz que V. Exa tenha retomado este tema”, disse.

Desperdício
Atualmente mais de 30 milhões de metros cúbicos de gás saem diariamente de Santa Cruz na Bolívia, e são utilizados nos Estados do Sul e Sudeste brasileiro, sem que haja nenhum aproveitamento residual. Desse total, junto com o gás natural, atravessam 520 mil toneladas de butano e propano. Só essa quantidade, transformada industrialmente, seria suficiente para abastecer de gás de cozinha dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

Do Blog do PSDB no Senado

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