O Brasil tem seu crescimento reduzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) pela terceira vez consecutiva.
A nova estimativa indica que o país crescerá 1,8% neste ano. Esse percentual era, em janeiro, 2,3%. Em outubro passado chegou a 2,5%.
Entre os Brics, apenas a Rússia, que sofre com turbulência política e sanções internacionais, teve uma redução (0,6 ponto percentual) maior que a brasileira (0,5% p.p.) nas estimativas de crescimento. China deve crescer 7,5% e Índia, 5,4%.
Apenas Argentina (0,5%) e Venezuela (-0,5%) terão crescimento menor que o Brasil na América do Sul. O crescimento mundial, estima o FMI, será de 3,6% neste ano e de 3,9% no ano que vem, puxado principalmente pela Ásia e pelos países desenvolvidos.
As informações estão no Mercado on line do jornal Folha de S. Paulo.
No relatório “Panorama Econômico Global”, o FMI diz que o Brasil “tem necessidade de mais ajuste porque apesar do aumento da taxa de juros no ano passado, a inflação se manteve no topo da meta”.
Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), faltou ao governo petista coragem para fazer reformas e buscar parcerias com a iniciativa privada.
– O Brasil não avançou porque o PT demonizou as privatizações. Deixamos de avançar em competitividade, infraestrutura e logística. Costumo dizer que, se o estado se não atrapalhar, já estará fazendo um grande negócio para o país, disse o tucano durante palestra no 27º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, nesta segunda (07).
O senador Aécio Neves ressaltou, ainda, que é preciso resgatar a capacidade do Estado de planejar e iniciar um novo tempo de otimismo com a participação da sociedade.
– Os pilares fundamentais da macroeconomia herdados do governo do PSDB foram se flexibilizando ao longo do tempo e sendo substituídos por uma certa leniência no combate à inflação, um inaceitável e perverso intervencionismo em setores da vida nacional, dessaranjando setores fundamentais para o crescimento brasileiro, lamentou.