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“Força às mulheres”, por Terezinha Nunes

terezinhanunesO provérbio português “por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher” embalou centenas de anos em nosso país o preconceito em relação à mulher e a seu espaço na sociedade.

A frase certamente foi criada para ressaltar a força da presença feminina ao lado da masculina mas, ao longo do tempo, teve o efeito contrário.

Hoje, para amenizá-la, muitos a corrigem para “ao lado de um grande homem existe sempre uma grande mulher”. Afinal, nos dias atuais em que a mulher cada vez mais se sobressai em todas as atividades, é impróprio e preconceituoso admitir um papel secundário a ela, em que pese a permanência de restrições ao segmento feminino no meio social como está demonstrado no que se refere à violência doméstica.

No cenário político nacional, o PSDB é talvez o partido que mais conseguiu mostrar a importância de um casal onde o homem e a mulher se equivalem em inteligência, discernimento e defesa do bem comum. Fernando Henrique e Dona Ruth expressaram na sociedade, até a morte dela, essa simbiose em busca do bem, jamais contestada.

Enquanto ele se sobressaiu na presidência pela alta competência na área econômica e política, ela foi o esteio na área social. Saiu de sua cabeça o programa Comunidade Solidária que deu origem e políticas de compensação como o Peti, Bolsa Escola, e muitos outros, tendo sido reconhecida pelo cientista político Anthony Hall da London School of Economics como “uma das pessoas mais influentes para a mudançana direção das políticas sociais nos anos 90 no Brasil”.

Coube a ela levantar a bandeira do emponderamento das mulheres, lutando pela criação do PSDB Mulher e da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres no governo FHC, o primeiro órgão de destaque nacional nessa área.

Este domingo em Brasília, reeleito presidente do partido, o senador Aécio Neves, inspirado no exemplo de Dona Ruth e na cada vez mais presente atuação das mulheres tucanas, colocou na Executiva Nacional do PSDB, com o apoio das principais lideranças do partido, nove mulheres (oito com assento direto) e mais a presidente do PSDB Mulher, Solange Jurema, que passa a ter direito a voto como todos os demais.

Além disso, Aécio convidou a deputada federal Mariana Carvalho, uma jovem de 28 anos, para assumir uma das vice-presidências do partido e ser a última discursar no ato, antes dele.

Embora seja agora digno de nota o espaço garantido às mulheres nas instâncias partidárias que, é bom ressaltar, teve início com o ex-presidente Sérgio Guerra, a direção do PSDB vai trabalhar para que mais representantes do sexo feminino alcancem destaque nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, no Congresso Nacional e nos cargos executivos.

Hoje é inferior a 10% o percentual de mulheres tucanas nessas instâncias – acompanhando a tendência nacional – e causou preocupação ao PSDB Mulher o fato da bancada federal não ter votado em massa na PEC que garantia às mulheres 15% das vagas nas casas legislativas do país. Embora grande parte dos deputados federais tenham votado sim alguns se abstiveram por divergência sobre o formato da proposta mas em número suficiente para que ela não fosse aprovada.

Dessa forma foi celebrada por todas as mulheres tucanas em Brasília a decisão partidária de sinalizar no esforço de promover o segmento feminino saudado por Aécio como “o mais forte e organizado dos movimentos partidários”.

No que concordaria Dona Ruth em peso, número e grau.

* Terezinha Nunes é presidente do PSDB Mulher de Pernambuco

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