Com ética, entusiasmo, desambição pessoal e fidelidade aos valores cristãos e humanistas que nortearam sua trajetória, André Franco Montoro viveu para contrariar o senso de que a política é a arte do possível. A política dele era a arte de tornar possível o que é necessário para o bem das pessoas. Não pessoas abstratas, ele dizia, mas as pessoas concretas que constituem a população do município, do Estado e do país.
Conversamos pela última vez no dia de seu aniversário de 83 anos, 14 de julho de 1999, horas antes do infarto que veio a ser fatal. Montoro telefonou-me do aeroporto, a caminho do México, onde trataria, em seminário, dos efeitos destrutivos da especulação financeira. Comigo, com o mesmo otimismo e espírito público, queria falar sobre a
hidrovia Tietê-Paraná quando voltasse. Não chegou a viajar.
A hidrovia era apenas mais um entre os muitos temas que o entusiasmavam. O administrador enxergava o potencial de desenvolvimento econômico e geração de empregos da obra, e o homem à frente de seu tempo mirava até a integração da América Latina, um projeto que o fizera criar o Instituto Latino-Americano.
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Artigo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, publicado na edição de quinta-feira (14) do jornal Folha de S. Paulo