A falta de estatísticas sobre as pessoas com deficiência que vivem em Pernambuco, escassez de políticas municipais e a consequente sobrecarga dos serviços oferecidos pelas redes de saúde e educação do estado foram alguns dos problemas listados no relatório preliminar da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência. O documento foi apresentado nesta terça (3), em reunião do colegiado, presidido pela deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB).
Na ocasião, foi lançada a plataforma digital colaborativa “Pernambuco Inclusivo” – que traz dicas e está aberta a sugestões para melhorar a vida das pessoas portadoras de deficiência.
“Existe o compromisso da Assembleia Legislativa de transformar essa Frente em uma Comissão Permanente das Pessoas com Deficiência para que não morra esse tema que gerou tanto debate e envolveu a participação de tantas pessoas e ONGs”, informou a tucana.
Nesta quarta-feira (4/4), a deputada Terezinha Nunes encaminhará ao governador Paulo Câmara uma proposta de mudança no acesso à gratuidade do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). “A medida permitirá que pessoas com deficiência intelectual possam andar de graça nos ônibus conforme exige a Lei Brasileira de Inclusão”, informou.
Presente ao evento, a representante da ONG Super Mães, Carolina Paula Aleixo, acredita que o trabalho da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência ajudou na “conscientização dos gestores públicos” para a questão: “Eles estão muito mais cientes e sendo bem mais cobrados. A gente espera que dessa cobrança venha um resultado eficiente”.
Representando o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o delegado que responde pela instituição para o Semiárido, Robert Goss, ressaltou o empenho do Unicef para “desenvolver políticas públicas que garantam o direito das crianças portadoras de deficiência”. “Estamos trabalhando com os líderes dos municípios, ou seja prefeitos e secretários, para que eles desenvolvam estratégias de fortalecimento dessas políticas”.
Participaram do encontro desta terça (3/4) representantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da Defensoria Pública do Estado, do Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência e entidades representativas dos diversos segmentos da categoria.
*Informações da Alepe/com edições