Em entrevista a uma rádio de São Paulo, nesta sexta-feira (1º), o governador Geraldo Alckmin afirmou que a reforma da Previdência contará com o apoio do PSDB. O governador reconheceu a dificuldade de aprovar a PEC no Congresso, em função do alto quórum exigido para aprovação de uma matéria dessa natureza: 308 votos. “Mas a proposta terá o apoio do PSDB. Nós vamos apoiá-la.”
De acordo com o tucano, a proposta de reforma do governo, que altera entre outras coisas a idade mínima para aposentadoria, é necessária para se combater “privilégios”.
“A Previdência precisa ser reformada porque há dois sistemas e os dois têm déficit. Só que o do INSS, que tem déficit de R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões para 32 milhões de aposentados, tem distribuição de renda. Ninguém ganha mais de R$ 5 mil e a média é 1 salário mínimo e meio. Mas o déficit do setor público é preocupante. Tem déficit de mais de R$ 80 bilhões para menos de 1 milhão de aposentados e pensionistas, com salários muito elevados. É o Robin Hood às avessas e, por isso, tem que ser corrigido”, defendeu.
Ao citar valores médios pagos no ano passado em aposentadorias – como R$ 1.191 para o aposentado do INSS, R$ 8 mil para o servidor do Poder Executivo público, R$ 16 mil para representantes do Judiciário e R$ 24 mil para o Legislativo -, Geraldo Alckmin enfatizou que “não pode haver um sistema desses”. Disse que sempre defendeu um regime geral de Previdência, como já foi feito em São Paulo, e completou: “Vou lutar por isso (para o país)”. “Aqui (em São Paulo), tanto o Legislativo, o Judiciário, o Executivo recebe teto do INSS e tem a opção de aderir à previdência complementar”.