O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), analisou seus primeiros 100 dias de gestão em entrevista para a Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (10). Com diversas conquistas em um curto espaço de tempo, como a extinção da fila de espera por exames na rede pública de saúde e uma série de ações de combate ao desemprego, Doria atribuiu o fato de ser dono de uma aprovação recorde na prefeitura paulistana a uma gestão “diferenciada, eficiente e ampla”.
Doria avaliou também o serviço de zeladoria feito por sua administração na capital paulista. “Minha visão continua sendo extremamente crítica. Temos que funcionar [no serviço de queixas 156]: atender, realizar as demandas e comunicar a população. Toda semana tapamos mais de 5 mil buracos, por aí vocês podem imaginar quantos buracos ficaram da gestão anterior, foram milhares. Mas não adianta ficar culpando a gestão anterior. Sobre o lixo, não houve redução de varrição, houve uma redução de volume de lixo. [Sobre] buracos, temos que ser mais efetivos”, ponderou o prefeito.
Em relação ao transporte público, o tucano revelou que diminuirá o tempo de concessão dos ônibus para dez anos, metade do período atual. Doria ainda anunciou que reduzirá gradualmente o número de cobradores nos ônibus de São Paulo.
Segundo ele, a prefeitura gasta anualmente R$ 800 milhões com os cobradores, mas apenas 8% dos usuários de ônibus pagam suas passagens em dinheiro (92% das pessoas utilizam o Bilhete Único). O prefeito destacou que estes profissionais não ficarão desempregados, e sim treinados para atuar como motoristas ou em cargos administrativos.
“Não faz sentido no século 21 preservar cobradores em ônibus. Nenhuma cidade civilizada do mundo tem cobrador dentro de ônibus e isso representa um custo altíssimo. Nosso entendimento é que isso vai ser feito ao longo desses quatro anos, gradualmente”, argumentou.
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