Brasília – Com a aposentadoria do ministro José Jorge do Tribunal de Contas da União (TCU) marcada para o próximo dia 18 – ele alcançará a data-limite de 70 anos -, o governo Dilma costura a indicação de um novo conselheiro para o seu lugar, este com um perfil mais “companheiro”.
A informação foi veiculada na edição desta segunda-feira (3) do jornal O Estado de S. Paulo, que explica que o objetivo da movimentação é que o novo integrante do TCU assuma o relatório sobre a refinaria de Pasadena, nos EUA, e outros atualmente em curso. A apuração dos casos oferece grandes riscos políticos à presidente.
Além de Pasadena, o gabinete de José Jorge também relata outros casos espinhosos, a exemplo de auditorias nas refinarias de Abreu e Lima (PE) e Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), as maiores obras da Petrobras atualmente. Ambas têm suspeitas de superfaturamento.
Segundo a reportagem, o TCU é composto de nove integrantes. Eles são indicados em número de três pelo presidente da República, Senado e Câmara dos Deputados. A vaga de Jorge é da cota do Senado, que tradicionalmente escolhe parlamentares, ex-parlamentares ou servidores apadrinhados.
Assim, as movimentações do Planalto de acordo com o Estadão planejam a indicação para o cargo a ex-senadora e atual secretária de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, ou da senadora Gleisi Hoffman.
Porém, Ideli tem o nome sob resistência por não ter tido bom desempenho quando ministra das Relações Institucionais. Já Gleisi foi envolvida no escândalo de propina da Petrobras, acusada por Paulo Roberto Costa de ter recebido R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010.
* Do Portal da Liderança do PSDB no Senado