Reportagem que é manchete do jornal Folha de S. Paulo desta quarta (19) revela que a presidente Dilma Rousseff (PT) volta a usar bancos públicos – como Caixa Econômica e Banco do Brasil – para socorrer empresas que ameaçam demitir. As contempladas da vez são as montadoras de automóveis que receberão crédito a juros baixos.
A medida é polêmica e faz parte de um programa ainda maior, que está sendo costurado pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) com participação das pastas da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, revela a reportagem.
A Caixa já implementou, nesta terça (18), as primeiras medidas do programa ao anunciar linhas de crédito com taxas de juros menores. O banco vai liberar cerca de R$ 5 bilhões somente para o setor automotivo. Outros 11 setores como petróleo, gás, alimentos, energia elétrica, eletroeletrônico, telecomunicação, fármacos, químico, papel e celulose, máquinas e equipamentos e construção civil estão em negociação. Já o Banco do Brasil lançará hoje ações semelhantes.
Na análise do dia, o Instituto Teotônio Vilela (ITV) avalia a medida como o retorno de “um dos esteios da mesma política econômica que produziu a ruína do primeiro mandato de Dilma e legou ao país o desarranjo que hoje grassa nas contas públicas”.
“O dinheiro do crédito barato para as empresas, mais uma vez, virá de fontes públicas, como o FAT e o FGTS – o mesmo que, até 2019, continuará pagando uma ninharia à poupança forçada dos trabalhadores…”, completa o ITV.
* Íntegra na Folha de S. Paulo