Manobra provocou revolta nos parlamentares de oposição. Deputado Carlos Sampaio (SP) – na foto – reafirmou que o PSDB não entra em acordo que prejudiquem as investigações
Brasília – A sessão administrativa da CPI mista da Petrobras, que votaria requerimentos, estava marcada para as 14h30. Começou meia hora depois, às 15h. E, mesmo assim, não foi possível apreciar as convocações do ex-diretor de serviços Renato Duque e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O motivo? Falta de quórum.
Enquanto a oposição estava representada nos seus partidos, a base governista não compareceu. A exceção, que chegou depois do presidente da comissão Vital do Rêgo (PMDB-PB) encerrar em definitivo, foi o deputado Afonso Florence (PT-BA). Mas não adiantava. Vital disse aos deputados que estava encerrada a sessão administrativa.
O fato gerou a revolta dos parlamentares oposicionistas. O primeiro foi o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que aproveitou para esclarecer que não foi firmado qualquer acordo para que não se convocassem figuras centrais dos escândalos, como o tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Ele refutou as declarações do relator da CPMI, Marco Maia (PT-RS). “O PSDB pediu a instalação da CPMI. O PT parece querer afundá-la”, ressaltou.
Segundo Sampaio, o relator apresentou uma linha de investigação, em que as figuras políticas seriam ouvidas depois. O deputado tucano disse que não havia problema em convocar figuras como Leonardo Meirelles, parceiro de negócios do doleiro Alberto Youssef. E pediu ainda a convocação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), do ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e de Vaccari Neto.
* Do Portal da Liderança do PSDB no Senado