A estimativa do governo indica que o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República será aprovado sem dificuldade pelo Senado. A conta do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, aponta que o Senado deverá registrar entre 58 a 61 votos favoráveis ao impedimento. Para o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), membro da comissão especial do impeachment no Senado, os crimes de responsabilidade cometidos pela petista não deixam dúvidas entre os parlamentares.
“Esses dois crimes – emissão indevida de decretos de crédito suplementar, como também tomar empréstimos junto a bancos públicos – são fatos, e contra eles não há argumentação. A presidente Dilma sabia que estava cometendo crimes de responsabilidade fiscal. Portanto, não há dúvidas de que ela será afastada definitivamente do governo”, declarou.
Após assumir a missão de recuperar a economia brasileira, Temer têm buscado apoio para aprovar, ainda neste ano, reformas fiscais, trabalhistas e previdenciárias. O governo enviou ao Congresso Nacional, na última quarta-feira, uma proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior. Ataídes acredita que a satisfação dos parlamentares com as medidas anunciadas por Temer pode também influenciar na votação.
“Diante de todo esse quadro, antes com o governo do PT e agora com a nova gestão, os senadores estão com a consciência formada com relação ao voto. Eu acredito que tenhamos mais de 60 votos pró-impeachment”, disse.
Para ser aprovado o impeachment, é necessário o apoio de pelo menos dois terços dos senadores, o que corresponde a 54 votos.