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Governo lança programa de curso técnico e tempo integral para alunos do ensino médio

michel-temer-mediotec-foto-antonio-cruz-agencia-brasilO governo federal anunciou na terça-feira liberação de R$ 850 milhões para o ensino técnico e para a implementação de escolas de tempo integral. O novo programa, batizado como Mediotec, será direcionado para os estudantes do ensino médio e faz parte do Pronatec. Ao término do curso, o jovem terá duas certificações: de nível médio e de nível técnico. A medida antecipa as mudanças estabelecidas na Medida Provisória 746/2016, que reforma a etapa de ensino.

Na contramão do governo anterior, que disponibilizou 44 mil bolsas para o ensino técnico em 2015 e apenas 9 mil em 2016, a meta do Ministério da Educação é ofertar 82 mil vagas em 2017. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) ressalta que o governo do PT fracassou na educação nacional, o que refletiu no resultado do IDEB nos últimos 10 anos. Para Marinho, o momento é recuperar a qualidade do ensino no país.

“O programa que o governo federal lançou é um programa que vai na direção oposta do que existe hoje no Brasil. O Brasil tem apenas 11% dos seus alunos do ensino médio matriculados no ensino técnico contra quase 50% em países que competem conosco que disputam conosco oportunidades no mercado e de produtividade. Então o que nós precisamos fazer, e o governo corretamente aponta nesse sentido, é preparar o jovem para o mercado de trabalho”, disse.

O governo vai reforçar também o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para o Ensino Médio. Para esta etapa serão liberados R$ 150 milhões aos estados. A mudança foi lançada junto a MP do novo Ensino Médio. O objetivo do MEC é investir R$ 1,5 bilhão em dois anos para que 500 mil novos estudantes tenham a jornada escolar prolongada para sete horas por dia. Rogério Marinho, que é integrante da Comissão de Educação da Câmara, destaca que o novo modelo vai tornar o ensino mais atrativo, podendo diminuir o atual número de 2 milhões de brasileiros na faixa de 15 a 17 anos fora da escola.

“O governo de uma maneira muito corajosa quebrou a inércia do processo educacional brasileiro propondo uma reforma do ensino médio. Essa reforma tem dois vieses que considero essenciais: primeiro aponto no sentido de uma escola em tempo integral, aumentando o tempo que o aluno fica na escola, mas principalmente, permitindo a diversificação dos itinerários, ou seja, que o aluno tenha a possibilidade de escolher o itinerário que ele se sente mais confortável tornando o ensino médio mais atrativo e diminuindo a evasão”, destacou o tucano.

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014, o Brasil deve ter pelo menos 25% dos estudantes em tempo integral até 2024 no ensino médio. Hoje apenas 6,4% das matrículas são em tempo integral. O PNE também estabelece que o Brasil deve triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.

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