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Gravações comprovam atuação de petistas em fraudes que custaram pelo menos R$ 2 bi a aposentados da Caixa

ptÁudios e documentos obtidos pela revista IstoÉ e revelados em matéria publicada nesta sexta-feira (23) comprovam a atuação de dirigentes e políticos ligados ao PT em um esquema de fraudes que custou pelo menos R$ 2 bilhões à Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal.

De acordo com a reportagem, o material analisado pela Polícia Federal indica a participação nas irregularidades de nomes como o de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, Jaques Wagner, ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, e de ex-diretores da Funcef indicados pelo Partido dos Trabalhadores. Um dos beneficiados pelo sistema fraudulento teria sido Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS e ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A análise da PF destaca três casos em que a Funcef realizou investimentos vultuosos mesmo após o alerta de analistas e executivos da instituição sobre os prejuízos que tais negociações acarretariam. Os documentos e áudios revelaram que os negócios foram fechados por pressão de políticos e gestores ligados ao PT. Um dos exemplos foi um aporte de R$ 400 milhões à OAS realizado após pressões de Carlos Alberto Caser, ex-diretor-presidente da Funcef indicado ao cargo por João Vaccari Neto.

A empreiteira envolvida no petrolão é citada pela PF em outro investimento realizado pela Funcef. Trata-se do aporte de R$ 1,2 bilhão em três anos na Invepar, braço da OAS na área de transporte. Mais uma vez, o negócio foi fechado, apesar da análise técnica feita pelos especialistas e depois de pressões de gestores ligados ao PT. Desta vez, quem interveio para a conclusão do acordo foi Guilherme Lacerda, também ex-diretor-presidente da empresa com ligações com o Partido dos Trabalhadores.

O terceiro episódio mencionado pela reportagem é a aplicação de R$ 17 milhões em fundo criado para recuperar a antiga Gradiente, chamado FIP Enseada, novamente sem o consentimento da análise técnica. Neste caso, o negócio teria fechado como uma forma de beneficiar o então presidente da empresa, Eugênio Staub, que havia declarado apoio a Lula nas eleições presidenciais. O investimento foi aprovado após mais uma intervenção de Guilherme Lacerda.

Após a análise do material, o Ministério Público quer ter acesso às delações premiadas da Operação Lava Jato, para encontrar a ligação entre os esquemas.

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