“Podem querer derrubar o governo, podem prender arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de movimento popular neste país. Não será assim”.
Foi o que disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, que congrega organizações ligadas aos movimentos sociais, Guilherme Boulos.
A declaração, em claro tom de ameaça, foi uma resposta do dirigente a possível aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff – em tramitação na Câmara dos Deputados – e a eventual prisão do ex-presidente Lula.
Boulos disse mais, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (23) no jornal O Estado de S. Paulo: “Há setores do mercado que acham que vão tirar Dilma e vão fazer as ‘reformas estruturais’ que se precisa para a sociedade brasileira.O escambau. Este país vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso não vai haver um dia de paz no Brasil”.