Da Redação
O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, descartou uma coligação com o PSB, de Eduardo Campos, em uma eventual chapa para concorrer à Presidência da República contra a presidente Dilma Roussef em 2014. “PSB e Eduardo estão realmente consolidados”, afirmou Guerra ontem, após congresso do PSDB em São Paulo.
De acordo com o parlamentar, a candidatura de Eduardo e o crescimento do PSB “são problemas do governo (Dilma Rousseff)”, em referência à eventual manutenção da coligação com o PT no futuro. O ideal, segundo ele, é que o PSB tenha a candidatura própria para presidente “porque quebra a monotonia desse PT que nos leva ao abismo”.
O presidente do PSDB também defendeu que as prévias de seu partido, se houver, ocorram no fim deste ano e ratificou seu apoio à pré-candidatura do senador Aécio Neves (MG) para a sucessão presidencial em 2014. “Eu defendo que ele inicie com brevidade (a campanha) e que haja uma presença mais nacional do PSDB”, disse, citando a necessidade de Aécio buscar apoio político nacionalmente.
Indagado sobre o projeto para 2014 do tucano derrotado na eleição para a Prefeitura de São Paulo no ano passado, José Serra, Guerra resumiu: “Não tenho ideia, imagino que ele tenha um projeto, mas eu não conheço”.
O deputado também considerou legítima e legal a candidatura da ex-ministra Marina Silva pelo partido que ela pretende fundar, o Rede Sustentabilidade. “Faz bem para o Brasil como fez a outra candidatura dela (para a Presidência em 2010)”, declarou.
COBRANÇA
Guerra cobrou mais uma vez que o PSDB escolha o seu candidato a presidente da República “antes do tempo”. “Não podemos esperar até a última hora”, disse. “Eu defendo o nome do ex-governador Aécio Neves, que é o mais qualificado neste instante para ser pré-candidato. Temos chance de disputar a eleição e vencer”, disse, depois de conclamar uma renovação dos quadros do PSDB.
Guerra pediu ainda aos militantes tucanos que unifiquem o discurso e eliminem as convicções de que o PSDB é um partido de elite. “Se temos quadros bons, de qualidade, melhor para nós. Mas que estejam integrados. Não tem que ter elite no PSDB, é preciso uma executiva nova no PSDB”, afirmou o presidente nacional tucano.
Para Guerra, o candidato do PSDB à sucessão de Dilma precisa ser escolhido em prévias, como defende, segundo ele, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Mas, durante o debate em São Paulo, o fundador e dirigente do PSDB Evandro Losacco escancarou as divergências entre os tucanos em Minas Gerais e São Paulo. “Estou incomodado com o discurso antipaulista criado nos últimos anos. São Paulo não é vingativo e não vamos fazer como Minas fez nos últimos anos, que não apoiou nosso candidato”, completou.
Do Jornal do Commercio (PE)