Ontem, ao acordar com a notícia da morte de Stephen Hawking, um dos mais brilhantes cientistas do mundo, eu me peguei pensando em como a humanidade é capaz de fazer coisas extraordinárias, de desafiar o impossível e de tatear o intangível.
Pouco antes de dormir, li uma matéria sobre o assassinato brutal da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio de Janeiro, e passei a me questionar justamente o contrário: onde erramos? O que nos falta para aprender o básico, o essencial, o humano?
Marielle, mulher negra, eleita com mais de 45 mil votos, representante da periferia, defensora de bandeiras contra o racismo e a homofobia, foi selvagemente assassinada com quatro tiros na cabeça logo após participar de um evento sobre empoderamento feminino. Quatro dias depois de denunciar a truculência de ações policiais na favela de Acari.
Um episódio desses nos enterra junto, numa cova de desespero e desolação.
Eu desejo, profundamente, que a morte de Marielle seja marco e motivação. Que ela, dessa forma injusta, covarde e cruel, nos encoraje na indignação, no não aceitamento e na mudança.
*Elias Gomes (PSDB-PE), ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes