As consequências da recessão econômica patrocinada pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff fizeram com que a produção industrial no Brasil recuasse ao patamar de sete anos atrás. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (2) dados que revelaram um recuo de 7,2% no setor em comparação com o mês de abril do ano passado, na 26ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.
Mesmo com um resultado ligeiramente melhor do que o previsto, com crescimento 0,1% em abril na comparação com o mês de março, a recuperação da indústria brasileira caminha a passos lentos.
No acumulado do ano, até abril, a queda foi de 10,5%. Em 12 meses, o recuo foi um pouco menor, de 9,6%, praticamente a mesma taxa de março (-9,7%), quando ocorreu a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%).
Apesar dos resultados negativos, o deputado federal Nelson Padovani (PR) pede paciência da população e se diz otimista em relação ao futuro da indústria no país. “Eu acho até que o setor caiu pouco diante do desastre econômico que o Brasil estava vivendo. Os reflexos do novo governo ainda não tiveram efeito. O novo time de ministros ainda não teve tempo de agir e a indústria deverá ter um crescimento a partir do ano que vem”, disse.
“A nossa sorte é que o Brasil responde rápido às ações. Nós vamos com esse novo governo crescer e muito. Só que é preciso ter calma e paciência. Eu acredito que o Brasil vai responder mais rápido do que pensamos às iniciativas de recuperação da nossa economia. Eu estou otimista”, completou.
O tucano ressaltou a importância do momento atual de “reconstrução de uma credibilidade perante investimentos estrangeiros que vai acontecer a médio prazo”. “O Brasil é muito grande. Não é o PT, a Dilma ou o Lula que vão nos destruir. Eles tentaram, mas não conseguiram”, concluiu.
O IBGE registrou taxas negativas relativas à produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%). Além dessas áreas, perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,6%), metalurgia (-2,5%), outros equipamentos de transporte (-5,5%) também apresentaram um recuso na produção.