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Herança do PT: Relatório da OMC revela isolamento da economia brasileira

Um relatório divulgado nesta segunda-feira (17) pela Organização Mundial do Comércio (OMC) revela a dimensão dos malefícios causados à economia brasileira pelos 13 anos de governo do PT. Em informe sobre a política comercial desenvolvida pelo país nos últimos quatro anos, a instituição aponta, por meio de uma série de fatores, que o Brasil segue extremamente isolado à investimentos externos e pouco competitiva em relação às mais modernas nações do planeta.

No documento, a OMC destaca que diversos setores da economia – tais como saúde, energia nuclear, transporte aéreo e serviços financeiros, entre outros – seguem totalmente fechados ou muito limitados a investimentos externos. O órgão menciona ainda a continuidade de um sistema tributário complexo, investimentos reduzidos em infraestrutura e inovação e uma pequena quantidade de empresas exportadoras em relação ao total de companhias como algumas das características que explicam a baixa integração da economia do Brasil com o resto do mundo. As informações são de matéria do jornal Folha de S. Paulo.

Relator da proposta de reforma tributária brasileira, o deputado federal e economista Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) não ficou surpreso com que as revelações feitas pela OMC. Na visão do tucano, a persistência de um modelo tributário inadequado impede que a economia do país se desenvolva de maneira similar aos principais países do mundo.

“A OMC não precisa fazer nenhum relatório, nós já sabemos de cor e salteado que a economia brasileira não vai bem, que o sistema tributário brasileiro é anarco-caótico, um verdadeiro manicômio tributário, do ponto de vista jurídico, e um Frankenstein infuncional. A burocracia vem destruindo a economia brasileira”, apontou o parlamentar

Para ele, a mudança no sistema tributário, ao lado de outras medidas já aprovadas, como a modernização das leis trabalhistas, é fundamental para que as empresas brasileiras possam ser competitivas fora do país.

“Por isso que nós, do PSDB, fizemos a reforma trabalhista, ajudamos a apoiar o teto de gastos, e agora vamos fazer a fundamental reforma tributária, uma reengenharia do sistema tributário brasileiro, que vai melhorar todas as condições de concorrência, de produtividade e de exportação das nossas empresas”, ressaltou Hauly.

Futuro

A OMC aponta também que a economia do Brasil segue muito dependente do setor agrícola, sendo responsável por 5,1% das exportações do setor em todo o mundo em 2015. O número deixa o país atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia no ranking mundial. Em 2016, a agricultura representou 41,6% do total das exportações brasileiras. Segundo o texto, mais da metade dos produtos exportados pelo Brasil são commodities primárias.

A indústria, por outro lado, por outro lado, apresenta uma integração global muito baixa. Com empresas do setor ainda pouco competitivas no exterior, a exportação de produtos mais sofisticados segue muito aquém do potencial do país. Luiz Carlos Hauly acredita que a continuidade da agenda de reformas permitirá que a situação mude num futuro próximo. Para ele, com a aprovação dessas medidas, um novo relatório da OMC daqui a quatro anos já mostrará uma série de evoluções na política comercial do Brasil.

“Se aprovarmos esse ano a reforma tributária, [a situação] muda totalmente. A reforma trabalhista, a terceirização aprovada e o teto de gastos já foram aprovados. Faltou a reforma da Previdência, que vai ter que ser rediscutida, e a tributária, que nós estamos discutindo e queremos ver aprovada ainda esse ano. Se isso acontecer, daqui a quatro anos o Brasil vai ter indicadores pelo menos duas, três vezes melhores do que esses da Organização Mundial do Comércio, que nos coloca para baixo, como se fosse o país mais derrotado do mundo. E realmente não tem muito a contradizer nesse relatório”, avaliou o tucano.

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