O Estado de São Paulo registrou, em 2015, a menor taxa de homicídios dolosos – em que há intenção de matar – desde 1996, ano em que os dados sobre este tipo de crime passaram a ser disponibilizados no site da Secretaria de Segurança Pública. Com 8,73 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes, foi a primeira vez em que o Estado governado pelo tucano Geraldo Alckmin teve um número de homicídios abaixo de dez/100 mil habitantes, limite para o que é considerado epidemia pelo governo paulista.
De acordo com informações de matéria publicada pelo Folha de São Paulo nesta terça-feira (26), o melhor resultado anterior havia acontecido em 2014, quando a taxa ficou em 10,06. Na comparação entre os números totais nos dois anos, foram 3.757 casos de homicídio em 2015 contra 4.293 em 2014.
O governador Geraldo Alckmin destacou, à reportagem da Folha, o trabalho desempenhado pela polícia como parte fundamental do histórico resultado alcançado. “Às vezes parece que é politicamente incorreto cumprir a lei e elogiar polícia. […] Quero aqui elogiar o trabalho da polícia. Isso não é obra do acaso. É fruto de muita dedicação. Policiais morreram, perderam suas vidas, heróis anônimos, para que São Paulo pudesse conseguir essa conquista”.
Os números alcançados pelo governo paulista são ainda mais expressivos na comparação a longo prazo. Em 1999, o Estado chegou a ter uma taxa de 35,27 homicídios a cada 100 mil pessoas. No confronto com os dados nacionais, a eficiência paulista no combate a esse tipo de crime também fica clara. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que a taxa brasileira para homicídios foi de 26,3% em 2014, último ano analisado pela instituição.
Além dos homicídios, o Estado mais populoso do país também teve uma queda no número de roubos. Foram 311.214 em 2014 contra 307.392 no ano passado, o que representa uma redução de 1,2%.