O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), descartou neste sábado (11) a possibilidade de anistia aos policiais militares que estão participando do motim no Espírito Santo. Segundo ele, não há “a menor possibilidade” de qualquer movimentação política em favor da remissão de penas aos militares no Congresso Nacional.
De acordo com reportagem do Estadão, Imbassahy esteve em Vitória junto com uma comitiva de ministros e outras autoridades para tratar do motim dos policiais militares no estado, que já dura nove dias.
O tucano afirmou que o policial que acredita em algum tipo de perdão está sendo “iludido”. Cerca de 703 policiais militares já foram indiciados pelo governo capixaba nesta sexta-feira (10) e, segundo o jornal, este número deve aumentar na próxima semana.
“Aqueles que por ventura imaginam que terão qualquer tipo de iniciativa na linha de anistia no Congresso Nacional, de obter uma anistia para os amotinados, eu quero deixar claro de que não haverá a menor possibilidade de apoio da base política do presidente Michel Temer”, afirmou Imbassahy.
O ministro esclareceu que é preciso “manter a ordem e cumprir a lei”. “A lei deverá ser cumprida. A Constituição brasileira será sempre observada”, disse.
O motim começou no início de fevereiro, quando familiares e amigos de policiais militares no Espírito Santo iniciaram uma manifestação reivindicando aumento salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação levou a uma onda de homicídios e ataques a lojas na cidade. A população passou a evitar sair de casa e donos de estabelecimentos fecharam as portas.
Na segunda-feira (6), o governo federal autorizou o envio da Força Nacional e das Forças Armadas para reforçar o policiamento nas ruas de cidades do Espírito Santo. Diante do fracasso nas negociações com os policiais, o governo capixaba decidiu endurecer e resolveu indiciar os envolvidos por crime de revolta.
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