PSDB – PE

Inclusão nas universidades é pauta da Frente Parlamentar presidida por Terezinha Nunes

Deputada Terezinha Nunes (PSDB) e o vice-reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão

A Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência, presidida pela deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB-PE), discutiu nesta quarta-feira (14) a educação inclusiva nas universidades.

Um dos participantes do encontro, o diretor de Responsabilidade Social do Grupo Ser Educacional, Sérgio Murilo Júnior, ressaltou que a inclusão, de verdade, é mais do que a adesão escolar de pessoas com deficiência. É fornecer todo o aparato necessário para a igualdade de acesso e permanência.

“A gente nota que ainda há uma discriminação por parte dos docentes e da alta cúpula. Muitas instituições ainda raciocinam pelo viés de que uma pessoa com deficiência gera um custo maior. Não é o caso do Grupo Ser Educacional”, ressaltou, informando que a instituição mantém uma política de contratação, treinamento e retenção de colaboradores, além de projetos de inclusão social.

Para a coordenadora da Frente, deputada Terezinha Nunes, o debate foi muito positivo, mas a realidade ainda está longe da ideal. “Verificamos que todas essas universidades possuem hoje núcleos voltados exclusivamente para o atendimento de pessoas com deficiência, muitas já estão adaptadas, outras ainda se adaptando, mas infelizmente ainda é baixo o número de pessoas com deficiência matriculadas em universidades, seja pública ou privada. Isso compromete a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho“, lamentou a tucana.

Também esteve presente à reunião da Frente, a coordenadora do Centro de Estudos Inclusivos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tícia Cavalcante. Ela relatou que o órgão vem promovendo modificações no currículo para trabalhar a inclusão na formação inicial e continuada dos estudantes com deficiência. Além da disciplina de Libras, obrigatória em todas as licenciaturas, há oferta de cadeiras eletivas e cursos de extensão.

O vice-reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Marcelo Carneiro Leão, considerou que avanços reais necessitam de mais investimento, estruturação de novas carreiras e mudanças nos sistemas de avaliação. Para Cynthia Carneiro Suassuna, mães do educador físico Humberto Suassuna, de 37 anos, portador da síndrome de Down, “a inclusão das pessoas com deficiência é um longo processo que tem de começar com a determinação política das instituições”.

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