Brasília – As montadoras brasileiras operarão em 2015 e 2016 com cerca de metade de sua capacidade total. Os números são da Tendências Consultoria, e foram divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (23). A ociosidade, de 47% em 2015 e de 46% no ano que vem, será a maior já registrada desde o período 1999-2003 e mostra um contraste entre a produção brasileira e a do exterior.
“Tudo isso mostra que a árvore está secando, e que o governo está colhendo os frutos que plantou para o Brasil”, avalia o deputado federal Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS).
O tucano destaca que diversos fatores levaram a indústria brasileira a passar por maus momentos nos dias atuais – a política frágil de investimentos, a pouca ação na construção de infraestrutura adequada e a ausência de reformas administrativas estão entre os fatores elencados pelo parlamentar.
“Os governos do PT atuaram como a cigarra da fábula: esbanjaram o que foi construído, no caso por quem o antecedeu. A administração petista comeu o banquete e quem pagou a conta foi a população”, acrescentou.
A produção de veículos caiu na comparação entre 2014 e 2013 e a expectativa da Tendências Consultoria é que o biênio 2015-2016 tenha também números menores do que os do ano retrasado. A média global de ociosidade na indústria automobilística é inferior a 30%.
Emprego -Entre as consequências da ociosidade, os especialistas ouvidos pelo Estadão citam a redução dos investimentos por parte das empresas e o possível aumento do desemprego no setor.
O deputado federal Izalci (PSDB-DF) ressalta que a bandeira do pleno emprego, apresentada pelo PT como um indicativo de boa saúde da economia nacional, começa a ruir por conta dos equívocos administrativos. “Não havia como eles segurarem a maquiagem que foi feita no setor. A triste realidade está vindo à tona”, afirmou.