A ideia consiste na integração dos trabalhos da União e Estados: a primeira, por meio de agentes das Polícias Federal e Rodoviária Federal, das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Já os governos estaduais colaborariam mediante a disponibilização de efetivo de agentes de inteligência e a integração de suas bases de dados. O órgão seria ligado diretamente à Presidência da República e coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional.
A tecnologia tem papel fundamental nessa força-tarefa. É preciso ter drones, satélites, câmeras, ferramentas de monitoramento – e também integrar os dados captados a um sistema compartilhado, permitindo aos Estados criar núcleos de inteligência para trocar e interpretar informações. Isso nos permitiria formar uma ampla base de dados contra o crime, a exemplo do que faz hoje a polícia paulista com o Detecta.
Implantado em 2015, o Detecta é hoje o maior banco de dados da América Latina. Ele abriga os bancos de dados polícias paulistas, além de informações captadas pelas mais de 3.300 câmeras espalhadas pela capital. É tecnologia de ponta no combate ao crime. O sistema já auxiliou na prisão de 5.579 pessoas.
Combater o crime organizado exige do Poder Público uma organização ainda maior. Nosso poder só aumentará se nos unirmos num sistema integrado entre todos os entes da Federação. O combate ao crime é nossa missão e política de governo exigida pela população.
*Artigo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), publicado no jornal O Rio Branco