Mesmo após o longo período de prejuízos financeiros causados pela gestão petista ao longo de 13 anos, os investidores continuam apostando no Brasil.
Tal disposição se explica principalmente pela condução econômica adotada no último ano, que fez o país ser respeitado por manter o alto volume de reservas internacionais e pelo nível baixo de inflação, que protege o investidor de choques.
O cenário de liquidez global também faz do Brasil e de outras nações emergentes locais mais seguros para se investir, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (10) pela Folha de S. Paulo.
Deputado federal pelo PSDB do Paraná, Luiz Carlos Hauly (foto), reconhece que os investimentos estão mais acessíveis, e que o novo cenário econômico tem ajudado nesse processo.
“Os investimentos no Brasil estão acessíveis. Os preços das empresas diminuíram muito, as ações também, e tudo isso fez com que houvesse maiores ingressos na economia brasileira. Algumas reformas feitas também acabaram ajudando nesse processo.”
A prova da tolerância é visível no fluxo de investimento estrangeiro, que se mantém em nível elevado. O acumulado de 12 meses, calculado até maio deste ano, mostra um fluxo em mais de US$ 80 bilhões, o que corresponde a 4,28% do PIB do período. E mesmo com a crise, o saldo em ações e renda fixa do país permanece estável, com projeções otimistas para 2017. Por fim, o nível de risco do país, analisado principalmente pelo CDS, se mantém em patamar baixo.
Para Hauly, esses ingredientes podem se manter caso o país se comprometa a dar continuidade às medidas importantes para a economia, fundamentais para atrair investidores.
“É a somatória das medidas, de reformas, da inflação baixa. Se conseguir controlar as contas, dar uma demonstração de vigor e passar pela crise política, sem dúvida alguma conseguiremos ter um desempenho melhor”, disse o tucano.
As análises apontam, no entanto, que o Brasil precisa recuperar a confiança do investidor nacional, que continua receoso em apostar suas fichas no país.