O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, reativou todas as investigações que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família em supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma de imóveis, em recebimentos por palestras e em doações a seu instituto.
O petista é acusado de ocultação de patrimônio e possíveis benefícios recebidos de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que apura o “petrolão” – escândalo de corrupção na Petrobras.
De acordo com matéria do jornal O Globo deste domingo (26), os inquéritos apuram corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do sítio, em Atibaia (SP), no negócio do tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), nos pagamentos para a LILS – empresa de palestras do ex-presidente – e nas doações para o Instituto Lula.
Intercepções telefônicas, conforme despacho de Moro, poderão ser usadas nas investigações e eventual ação penal, mas tudo está mantido em sigilo.
Apenas o diálogo entre Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff – no qual ela dizia que estava enviando por um emissário o termo de posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil – foi retirada dos autos por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o jornal, além de Lula, outros envolvidos também estão sendo intimados.
Entre eles sua esposa, a ex-primeira-dama Marisa Letícia; o empresário Leo Pinheiro, da OAS, que teria reformado o tríplex no Guarujá; e os sócios do sítio de Atibaia, Jonas Suassuna Filho e Fernando Bittar.
Assim como o petista, todos têm 5 dias para apresentar os pedidos que tinham encaminhado ao STF e as procurações de seus advogados.
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